Itamaraty colocou correspondências de acesso irrestrito sob sigilo; informações são destacadas como ‘sensíveis’.
Os telegramas ostensivos que tratam do tema 5G e a possível entrada da Huawei no país como fornecedora de equipamentos foram colocados em sigilo pelo Itamaraty.
Segundo o jornal O Globo apurou, os pedidos de acesso à informação são negados com o pretexto de que são dados sensíveis e com possibilidade de afetar a relação do Brasil com parceiros bilaterais e multilaterais.
Vale destacar que os documentos normalmente possuem acesso irrestrito.
A fonte procurou pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman. Em declaração, o executivo afirmou que o Brasil sofrerá consequências, se não banir a chinesa.
Os documentos estão em sigilo desde dezembro de 2019. A última tentativa de acesso foi feita em julho de 2020.
Para quem não entende o conflito entre China e Estados Unidos, tudo começou quando a Huawei foi acusada de promover a espionagem para seus país de origem por meio dos equipamentos que fornece.
VIU
ISSO?
–> Brasil
poderá sofrer ‘consequências’ se permitir Huawei nas redes 5G
–> Usuários
fazem ‘campanha’ contra a Huawei nas redes sociais
–> EUA
pretende financiar empresas concorrentes da Huawei
O problema é que a chinesa possui a tecnologia mais barata para a adesão ao 5G.
Na contrapartida, os americanos fazem uma verdadeira pressão política para que países aliados não abram as portas para a Huawei.
O Itamaraty fechou o acesso aos documentos sob argumento de que são “documentos preparatórios”.
É dessa forma que o governo consegue não desobedecer a Lei de Acesso à Informação, pois esse tipo de documento só pode ser divulgado após a tomada de decisão do poder público.
Com informações de O Globo