Novo sistema de pagamentos é visto com interesse pelo setor de telecom.
Nesta quarta-feira, 12, o Banco Central (BC) anunciou a instituição do seu novo sistema de pagamentos instantâneos, conhecido como PIX, além de aprovar o seu regulamento. A operação completa está prevista para iniciar em 16 de novembro.
O sistema permitirá, por exemplo, que uma pessoa transfira um determinado valor para outra, apenas informando o celular do destinatário, sem precisar de dados adicionais como números de agência e conta bancária ou CPF, atualmente utilizado em transferências tradicionais.
A transação de dinheiro pelo PIX será efetivada em menos de 2 segundos. Também será possível pagar boletos, recolher impostos e quitar taxas de serviços, transformando o celular num meio de pagamento seguro, competitivo e rápido.
Durante live, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, afirmou que o PIX ajudará a aumentar a competição no mercado financeiro.
Ele também descartou os rumores de que o PIX vai competir com outras formas de pagamento, como TEDs, DOCs ou boletos.
“O PIX não é uma ‘TED vitaminada’. Ele é muito mais. Ele é uma plataforma multifuncional por onde as empresas poderão ofertar diversos tipos de pagamentos”, reiterou João.
VIU ISSO?
–> TIM sugere união de operadoras para ofertar serviços financeiros
–> Oi entrará no mercado das contas digitais
–> Banco Central autoriza Visa a iniciar testes com WhatsApp Pay
Diante da capilaridade dos consumidores de serviços de telecomunicações, o diretor do Banco Central pediu que as operadoras do setor façam a adesão ao PIX.
As teles presentes no evento afirmaram que tem total interesse em estimular a adesão de seus clientes.
A plataforma não apenas poderia simplificar o pagamento de faturas e o serviço de recargas das próprias operadoras, mas também impulsiona o conceito de carteiras digitais a partir de recargas no pré-pago, algo que a TIM vem propondo desde o ano passado.
“O setor de telecom é plataforma essencial para o desenvolvimento da economia digital e da inclusão de cada vez mais brasileiros, pela capilaridade, alcance dos serviços e grande número de usuário. Só no celular, são 226 milhões de chips”, avalia o presidente executivo do SindiTelebrasil, Marcos Ferrari.
Com informações de Agência Telebrasil e Infomoney.