Enquanto Paulo Guedes defende um modelo arrecadatório para o país, Fábio Faria quer priorizar investimentos em internet; entenda.
O tão comentado e aguardado Leilão 5G já gera discordâncias no Governo Federal. Fábio Faria, ministro das Comunicações, quer um modelo diferente da proposta que muito provavelmente será feita por Paulo Guedes, ministro da Economia.
Enquanto o primeiro quer um leilão que priorize os investimentos em internet, o segundo certamente vai defender um modelo arrecadatório, para aquecer os cofres do país.
Para Fábio Faria, Guedes sempre terá um peso nessa discussão, mas os debates já começaram e a briga entre Comunicações e Economia ocorrerá nesse sentido.
A pauta, inclusive, já foi muito debatida pelas operadoras, que também defendem um leilão sem viés arrecadatório, já que isso poderia afetar o desenvolvimento da tecnologia do país.
Com os valores em alta, as operadoras teriam que comprar menos frequências e o 5G brasileiro pode engatinhar em seus primeiros momentos.
Em argumento, Fábio Faria cita a pandemia do novo coronavírus e como a internet se provou um serviço essencial. Para o ministro, 5G representa um novo mundo, com mais profissões e modelos de negócio inovadores.
VIU ISSO?
–> Decisão final sobre 5G será de Bolsonaro, diz Fabio Faria
–> Fábio Faria é empossado no recriado Ministério das Comunicações
–> Novo ministro do Minicom já tem lista de pendências para resolver
A pretensão é realizar até o meio de 2021. Empresas como Nokia, Ericsson e Huawei são mencionadas.
Mas, em relação a chinesa, há oposição inclusive dos filhos do presidente Jair Bolsonaro. Faria destaca que vai subsidiar o Governo Federal com informações, mas o debate técnico deve perder para a pressão ideológica.
O ministro das Comunicações destaca também que é preciso separar as áreas para não haver prejuízos em setores como a agricultura, já que a China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil.
A decisão final ficará com o presidente Jair Bolsonaro, que tem se policiado para não se manifestar sobre o tema.
Com informações de Folha de São Paulo