20/11/2024

Assembleia da Oi é suspensa temporariamente

Bancos pediram tempo para discutir com os demais credores os anexos e condições do aditamento ao plano de recuperação judicial.

Atendendo a pedidos do BNDES, Itaú, Caixa e Banco do Brasil, a Assembleia Geral de Credores (AGC) da Oi (OIBR3 / OIBR4) foi suspensa pelo período de uma hora, na tarde desta terça-feira, 8, para que os credores da companhia possam conversar entre si.

Após transmissão das votações orais dos representantes da classe trabalhista, classe quirografária, das microempresas, do BNDES e dos credores de mais de R$ 500 milhões, Rodrigo Abreu, CEO da Oi, pediu uma suspensão administrativa de uma hora para que a AGC possa discutir os pontos questionados pelos bancos credores.

As instituições financeiras levantaram dúvidas sobre os anexos do plano de aditamento, sobre as condições dos credores que estão na categoria fornecedor parceiro, e também a manutenção dos contratos de fornecimento da Oi Móvel.

Os bancos também alegam que o novo aditivo prejudica determinados credores. Por isso, eles solicitam uma suspensão da AGC por 30 dias, para que haja tempo hábil para novas rodadas de negociações.

Esta já é a maior AGC realizada no Brasil, com 5.194 credores cadastrados.

A retomada da AGC está marcada para 15h30 (horário de Brasília). O evento é fechado, disponível apenas para credores e a imprensa.

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Defesa do aditamento

Mais cedo, Abreu propôs aos credores que a venda de ativos de fibra, da TV por assinatura, de torres e da Oi Móvel ocorra em dois turnos e que o plano de recuperação judicial da companhia seja encerrado em 22 de maio de 2022.

O CEO da Oi justificou o novo plano de aditamento para compensar as perdas financeiras decorrente do declínio da telefonia fixa, desvalorização do câmbio, da pandemia atual da Covid-19, entre outros fatores.

Sobre a venda da Oi Móvel, o executivo propôs o aumento do piso de R$ 15 bilhões para R$ 16,56 bilhões e que aceitaria um valor até 5% inferior à maior proposta, desde que haja maiores chances de aprovações regulatórias.

[ATUALIZAÇÃO – 08/09/2020 17h20]:

Após uma pausa de quase três horas, a Assembleia Geral de Credores (AGC) da Oi foi retomada às 17h00.

Questionado se a companhia aceitaria uma suspensão de 30 dias, conforme solicitado pelos bancos, Rodrigo Abreu, CEO da Oi, disse que esse novo prazo poderia inviabilizar os planos da operadora e manifestou o seu desejo de continuar com a AGC, após uma nova pausa para negociações com os bancos.

Diante da fala de Abreu, o administrador judicial, Arnoldo Wald, rejeitou a proposta de suspensão de 30 dias, argumentando que essa ação iria contra recentes decisões da Justiça, que já havia negado outros pedidos de adiamento da AGC.

Wald concedeu mais uma hora de suspensão temporária para negociações. A previsão é que a assembleia de credores seja retomada novamente às 18h30 (horário de Brasília).

[ATUALIZAÇÃO – 08/09/2020 19h00]:

Na retomada da Assembleia Geral de Credores (AGC) da Oi, às 18h30, o administrador judicial, Arnoldo Wald, voltou a recusar a suspensão da assembleia e não aceitou questões de ordem enviadas pelo Banco Itaú e de outros credores que pediam a suspensão administrativa temporária por mais quatro horas, para que a AGC fosse realizada no dia seguinte ou mesmo que ocorresse uma votação para que a assembleia seja adiada por 30 dias.

Wald lembrou que a realização da assembleia nesta data é um atendimento de uma ordem judicial, que os credores tiveram três meses para analisar o novo plano de aditamento da Oi e que o pedido de apenas três credores diante dos mais de 5 mil cadastrados não era suficiente para motivar uma votação de adiamento.

Mais cedo, o administrador judicial lembrou que a última AGC durou 24 horas e que não gostaria que o mesmo ocorresse na reunião atual, mas ressaltou que “se precisar, ficamos”.

Ele concedeu mais 1 hora e meia para as negociações, com o retorno previsto para 20h30 (horário de Brasília).

[ATUALIZAÇÃO – 08/09/2020 23h20]:

Após 12 horas de negociações, os credores votaram a favor do novo plano de aditamento ao plano de recuperação judicial da Oi. Confira a cobertura completa abaixo:

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