Após tentarem um adiamento da votação na AGC da operadora, instituições vão novamente recorrer à Justiça.
A Oi (OIBR3 / OIBR4) conseguiu aprovar o aditamento de sua recuperação judicial, mas os bancos credores que se posicionaram contra não se dão por satisfeitos.
Após tentarem adiar a votação do novo plano em 30 dias, durante a Assembleia de Credores da Oi, as instituições devem ir novamente à Justiça.
O pedido realizado foi negado pelo administrador do processo e a votação, marcada para 11h, teve início após às 20h na última terça-feira, 08 de setembro.
Caixa e Banco do Brasil já tomaram a decisão de combater judicialmente o novo plano da Oi. As outras entidades devem seguir pelo mesmo caminho.
O ponto de conflito se configura no desconto de 55% no valor de face das dívidas da operadora com as instituições.
A princípio, os bancos até aceitariam um desconto, mas não nessa magnitude. Outra questão destacada é o tratamento concedido aos bondholders, considerado desigual.
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Eles tiveram seus créditos convertidos em ações e ainda assim conseguiram votar na assembleia.
Para os bancos, é um conflito de interesses, pois eles têm debêntures, ações e podem interferir na montagem da proposta, já que são acionistas.
Portanto, as instituições bancárias vão acionar a Justiça em defesa de que seja mantido o que foi acordado no plano de recuperação firmado em 2017, já que se sentem prejudicados.
O advogado Eduardo Munhoz, especialista no tema, destacou para a Valor Econômico que esse é um direito dos credores.
Entretanto, o Judiciário costuma preservar decisões tomadas em assembleias. No caso da Oi, a nova recuperação judicial foi aprovada pela maioria.
Com informações de Valor Econômico