Sindisat já fala em ressarcimento pela migração para uma frequência mais alta.
De acordo com a consultoria Roland Berger, uma possível limpeza da banda C estendida (frequência de 3,625 a 3,7 GHz), para ser utilizada pelo 5G, poderia impactar as operações de 15 satélites nacionais e internacionais.
O anúncio foi feito nesta terça-feira, 22, durante o evento online Painel Telebrasil.
Atualmente, 56 satélites estão operando no país.
A consultoria projetou que se o Brasil adotar a migração para uma faixa mais alta, a reorganização dos serviços satelitais pode demorar até cinco anos.
Isso afetaria não apenas a oferta de sinal de TV aberta via satélite, mas também serviços de telefonia móvel e plataformas governamentais.
O estudo foi encomendado pelas próprias operadoras de satélite.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat) já avalia que o setor precisaria ser ressarcido pelo procedimento, embora o custo de uma migração ainda não foi divulgado. Esse recurso poderia vir da arrecadação do leilão do 5G.
VIU ISSO?
–> Vice-presidente Mourão defende investimentos no 5G
–> MP cobra do governo decisão técnica e concorrencial sobre o 5G
–> Nova portaria busca impulsionar implantação do 5G no Brasil
A situação é complexa e ainda não há uma definição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Recentemente, a Anatel abriu uma nova consulta pública para receber contribuições sobre como resolver a questão da convivência do 5G com a banda C utilizada pelos dos satélites.
Uma outra opção seria a utilização de filtros que eliminam a interferência do 5G nas antenas parabólicas. Entretanto, os testes de campo foram paralisados, devidos a pandemia da Covid-19.
O leilão de frequências do 5G no Brasil deve ocorrer no primeiro semestre de 2021.
Com informações de Teletime.