Fala do presidente brasileiro ocorreu durante discurso na Assembleia-Geral da ONU.
Nesta terça-feira, 22, durante o discurso de abertura da 75ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente da República Jair Bolsonaro indicou pela primeira vez que poderia impor restrições no futuro leilão de frequências do 5G no Brasil.
Em seu discurso virtual, Bolsonaro diz que o país está aberto para fazer negócios apenas com aqueles que respeitem a “soberania” e a “proteção de dados”, mas sem entrar em detalhes ou citar a questão da Huawei.
“O Brasil está aberto para o desenvolvimento de tecnologia de ponta e inovação, a exemplo da Indústria 4.0, da inteligência artificial, da nanotecnologia e da tecnologia 5G, com quaisquer parceiros que respeitem nossa soberania e prezem pela liberdade e pela proteção de dados”, afirmou Bolsonaro.
A proteção de dados é uma questão que tem sido defendida pelo governo de Donald Trump, o qual tem feito forte lobby em países aliados, inclusive o Brasil, para que deixem de fazer negócios com empresas chinesas.
Bolsonaro também ressaltou que diante da pandemia, o mundo não poderia depender de apenas alguns países para ter insumos, usando como exemplo o polêmico remédio hidroxicloroquina, no combate a Covid-19.
Atualmente, os principais fornecedores de infraestrutura para redes 5G são a finlandesa Nokia, a sueca Ericsson e a chinesa Huawei, sendo esta última a que possui os preços mais baratos.
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Nos últimos meses, a possibilidade do Brasil proibir a participação da fabricante chinesa Huawei tem sido debatida na imprensa, no setor de telecomunicações e até mesmo dentro do governo. Porém, até o presente momento, o presidente brasileiro tem feito silêncio sobre o assunto.
No início deste mês, Jair Bolsonaro chegou a afirmar que a decisão sobre o 5G competia apenas à ele, mas, novamente, sem entrar em muitos detalhes sobre o que ele se refere.
O leilão de frequências do 5G deve ser realizado no primeiro semestre de 2021.
Com informações de UOL.