Operadoras como TIM, Vivo e Oi colocaram as ‘redes neutras’ como elementos ‘chaves’ em seus planos para os próximos anos.
Nos dias atuais, muito se fala em redes neutras nos debates sobre o mercado de telecomunicações. Por que as operadoras estão tão interessadas em colocá-las como um ponto central em suas estratégias?
Na prática, o funcionamento é simples: empresas como TIM, Vivo e Oi terão uma marca a parte para concentrar a infraestrutura de rede e alugar para uso de outros players do mercado.
As duas primeiras buscam sócios para desenvolver mais a fibra. Já a Oi fez a divisão e já concentra sua rede em uma empresa a parte, a InfraCo.
Uma atuação convencional das três consiste em desenvolver a própria infraestrutura e ofertar o serviço para o cliente.
Com a estratégia das redes neutras, elas serão clientes das empresas que estiverem no controle de toda a fibra óptica que fornece o serviço aos consumidores, mesmo que as empresas sejam suas.
Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil, destaca que a ideia surge em um contexto equilibrado. A receita da marca é predominante do móvel. O serviço fixo corresponde a apenas 3%, mas o investimento direcionado é sempre maior.
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Essa era uma questão delicada de explicar ao mercado financeiro e não dava para investir menos, afinal, é o negócio que tende a crescer.
Portanto, para não haver reclamações e alavancar a expansão, a empresa vai ofertar o controle acionário da infraestrutura de rede e deve ter vantagem na venda, já que será uma “empresa de fibra” com um cliente garantido: a própria TIM.
Vivo e Oi também terão esse bônus. A operadora da Telefônica é simples ao explicar a estratégia e destaca apenas o objetivo de expandir.
Já a tele carioca é 100% estratégica, pois possui uma infraestrutura expressiva construída e busca aumentar sua cartela de clientes. Assim, a InfraCo será ainda mais interessante, por estar ancorada na cartela de clientes com internet fixa da Oi.
Mas, o que as operadoras ainda não explicam é que a estratégia será funcional para que todas consigam aumentarem suas presenças pelo país por um custo menor.
E, além do mais, poderão competir diretamente com as operadoras regionais, que dominaram o mercado de fibra óptica.