18/12/2024

China é acusada de espionar redes de telefonia dos EUA

Suspeita é que chineses podem ter vigiado linhas móveis de dezenas de milhares de norte-americanos.

De acordo com Gary Miller, um especialista em segurança móvel dos EUA, a China tem se aproveitado de vulnerabilidades em redes de telefonia móvel para realizar espionagem em massa de norte-americanos.

Gary deixou recentemente a vice-presidência de segurança de rede da Mobileum para abrir a Exigent Media, uma empresa de pesquisa, mídia e ameaças cibernéticas.

Segundo o especialista, os chineses parecem ter usado redes de telefonia móvel no Caribe para rastrear, interceptar e vigiar celulares de norte-americanos.

Para fazer essa acusação, Miller afirmou que passou anos analisando relatórios de inteligência de ameaças móveis e observações de tráfego entre operadoras móveis estrangeiras e dos Estados Unidos.

A suspeita é que a China pode ter utilizado uma vulnerabilidade das “mensagens de sinalização”, comandos enviados pelas operadoras para localizar telefones, conectar usuários uns com os outros e aplicar tarifas de roaming.

Porém, algumas dessas mensagens também podem ser utilizadas para fins ilegítimos, como rastreamento, monitoramento e interceptação de comunicações, principalmente quando os americanos viajam para o exterior.

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As operadoras americanas tem a capacidade de bloquear essas tentativas de espionagem, mas Gary afirma que os EUA deveriam aplicar medidas mais rígidas para proteger os seus usuários de telefonia.

“As agências governamentais e o Congresso estão cientes das vulnerabilidades da rede móvel pública há anos. As recomendações de segurança feitas por nosso governo não foram seguidas e não são suficientes para impedir os invasores”, afirmou o especialista.

No geral, ele acredita que dezenas de milhares de norte-americanos foram afetados pelos supostos ataques vindos da China entre 2018 a 2020.

Miller afirma que boa parte desses ataques foram encaminhados por meio da China Unicom, uma operadora de telecomunicações estatal chinesa.

Por sua vez, a operadora diz que “refuta veementemente as alegações de que a China Unicom se envolveu em ataques de vigilância ativa contra assinantes de telefonia móvel dos EUA usando acesso a redes de telecomunicações internacionais”.

Com informações de The Guardian.

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