Operadoras afirmam que a questão da interferência nas antenas parabólicas pode atrasar a implantação da conexão de nova geração.
Apesar da pressa do Governo Federal em realizar o leilão de frequências, o 5G deverá ser ativado no Brasil somente em 2023.
Segundo a Conexis Brasil Digital, entidade que congrega as empresas de telefonia, a implantação da rede de nova geração pode demorar entre 18 e 24 meses após a realização do leilão.
Este prazo ultrapassa o limite de 2022, previsto na proposta de edital.
De acordo com as teles, o problema do atraso está na solução da interferência do sinal 5G em antenas parabólicas de TV aberta.
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Na proposta do conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri, as empresas terão que migrar o sinal da banda C para a banda Ku. Também é prevista a distribuição de kits de recepção para todos os usuários residenciais que utilizam antenas parabólicas.
As empresas defendem que esse processo de migração de faixa é mais caro e demorado, o que acaba por atrasar a implantação do 5G no país.
“Essa decisão vai atrasar os investimentos. Esperávamos começar a ligar o 5G em alguns dias depois do leilão. Agora vai levar um ano e meio, talvez até dois anos”, disse Marco Ferrari, presidente da Conexis.
A expectativa é que o leilão do 5G ocorra até o final de junho de 2021.
Com informações de Estadão.