Empresa diz que a intenção é reduzir a pegada de carbono e diminuir a quantidade de lixo eletrônico no planeta.
Está atualmente tramitando na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 5451/20, que determina a proibição da venda de smartphones sem a fonte de alimentação, bateria, fone de ouvido e qualquer outro cabo ou adaptador necessário para a utilização do aparelho.
O assunto é polêmico desde que a Apple anunciou que não pretende incluir os carregadores e fones de ouvido na caixa das novas gerações de iPhones.
A “empresa da maçã” alega questões ambientais para a decisão, reduzindo a pegada de carbono e diminuindo a quantidade de lixo eletrônico.
A iniciativa é louvável sob o ponto de vista sustentável, mas especialistas afirmam que a ação não passa de uma estratégia da Apple para reduzir o preço dos aparelhos, diante de um mercado de venda de smartphones em baixa, por conta da pandemia da Covid-19.
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Projeto na Câmara
O novo projeto é de autoria do deputado Marcelo Ramos (PL-AM).
Ele sustenta que a retirada dos carregadores e fones das caixas dos aparelhos é uma tentativa de maximizar as margens de lucro da empresa de forma injustificada.
“Afinal de contas, o que espera a fabricante que o consumidor faça uma vez que se esgote a carga (diga-se de passagem, muitas das vezes inexistente) inicial do aparelho?”, questiona o parlamentar.
Além do projeto na Câmara, o Procon-SP também questiona a Apple sobre a polêmica dos carregadores.
Para a entidade, a decisão não faz sentido, uma vez que a companhia não apresenta estudos sobre os ganhos ambientais da iniciativa e também não possui um programa de recolhimento, reciclagem e descarte de aparelhos e acessórios usados.
A empresa pode ser multada pelo Procon estadual e obrigada a disponibilizar o carregador para aqueles usuários que o solicitarem.
Com informações de Agência Câmara.