Operadoras são investigadas por incidente de segurança que expôs informações de mais de 100 milhões de linhas de celular.
As operadoras Vivo, Claro, TIM e Oi afirmam desconhecer incidentes que provocaram o vazamento de milhões de dados de usuários.
As quatro empresas foram notificadas por órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP, para dar explicações sobre o possível incidente de segurança. Além disso, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), do Governo Federal, investiga o caso.
De acordo com a empresa de segurança PSafe, os dados de 102 milhões de linhas de celular do Brasil estão à venda na dark web, por um hacker fora do país.
Entre as informações vazadas estão os números de celulares, CPFs de clientes e detalhes sobre os planos e uso das linhas de telefonia.
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Retorno das empresas
A suspeita levantada inicialmente é que os dados são provenientes da base de dados da Vivo e Claro.
A Vivo negou o vazamento e afirmou que “possui os mais rígidos controles” de acesso aos dados de clientes.
Já a Claro diz que está investigando o possível vazamento e colaborando com as autoridades. A operadora afirma ainda que investe em “políticas e procedimentos de segurança” e que possui monitoramento para identificar fraudes.
Apesar do hacker que vende as informações não citar a TIM e a Oi, elas também são alvo de questionamentos pelo Procon-SP.
A TIM diz que não identificou nenhum ataque ou vazamento de dados de clientes.
Em nota, a Oi afirmou que “não é objeto de questionamentos no episódio”, pois não tem indícios de vazamentos.
Tanto a TIM como a Oi negam que tenham sido notificadas pelo Procon-SP.
Serasa
Cerca de um mês antes do vazamento de dados de celulares, outro incidente de segurança fez com que os dados de 223,74 milhões de brasileiros fossem expostos na internet.
A suspeita é que este vazamento seja proveniente da base de dados da Serasa Experian.
Assim como as operadoras, a Serasa afirma que não há indicação de qualquer invasão dos seus sistemas, mas, mesmo assim, também foi notificada pelo Procon-SP.
Em nota, nesta quinta-feira, 18 de fevereiro, o órgão de defesa do consumidor afirma que a resposta da empresa foi “insuficiente”.