Informações de mais de 100 milhões de brasileiros são comercializadas por hackers.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também está investigando o recente vazamento de dados de 100 milhões de números de telefones de brasileiros.
A informação foi confirmada por Gustavo Santana Borges, superintendente de controle de operações da Anatel, durante evento organizado pelo Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (IRICE).
“Abrimos um processo administrativo para averiguar os fatos. Estamos apurando com as empresas”, disse Borges.
Ele preside o grupo de trabalho de cibersegurança da Anatel e também afirmou que a agência tem competência para analisar o vazamento.
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Entretanto, Gustavo ressalta que a identificação da pessoa responsável pelo vazamento é um trabalho que deverá ser realizado pela polícia.
Esta é a primeira vez que um representante da Anatel se pronuncia sobre o caso.
Megavazamento
Em fevereiro passado, a empresa de segurança PSafe fez o alerta de que informações de brasileiros estavam sendo comercializadas por hackers fora do país.
Os criminosos pedem em média US$ 100 mil (R$ 559,71 mil na cotação atual) por 1 mil registros de dados.
Inclusive, a venda ilegal é segmentada, podendo filtrar os dados por estado ou cidade.
A suspeita é que os dados são provenientes da base das operadoras Vivo e Claro, mas ambas as empresas negam ter ocorrido qualquer falha de segurança e dizem possuir controles rígidos para evitar fraudes.
Nas informações vazadas estão números de telefone e CPF, além de detalhes sobre os planos utilizados pelos clientes das operadoras.
Além da Anatel, órgãos como o Procon de São Paulo, a Secretária Nacional do Consumidor (Senacon) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), do Governo Federal, investigam o megavazamento.
Apesar de não terem sido citadas, a TIM e a Oi também foram contatadas para prestar esclarecimentos, assim como a empresa de segurança PSafe.
Com informações de Teletime.