Pandemia provocou aumento global na demanda e queda na produção de semicondutores.
Diante da forte demanda por produtos eletrônicos e a baixa produção de semicondutores – o que tem provocado a falta de chips no mercado global -, os smartphones podem chegar ao consumidor com preços mais elevados.
Pelo menos, é o que diz o presidente da fabricante chinesa Xiaomi, Wang Xiang.
Nesta quarta-feira, 24 de março, o executivo afirmou que a escassez global de semicondutores está aumentando os custos de produção, o que pode acabar refletindo no preço final dos aparelhos.
“Continuaremos a otimizar os custos de nossos dispositivos de hardware, com certeza… Para ser honesto, faremos o nosso melhor para oferecer o melhor preço possível aos consumidores. Mas, às vezes, podemos ter que repassar parte do aumento de custo para o consumidor em diferentes casos”, afirmou Xiang.
VIU ISSO?
–> Multa brasileira à Apple gera repercussão internacional
–> TIM e Stellantis desenvolvem solução de conectividade para carros
–> Motorola trabalha ferramenta para transformar celular em PC
A atual crise do chips é provocada pela paralisação na produção de semicondutores em fábricas ao redor do mundo, por conta da emergência da pandemia do novo coronavírus e das medidas de isolamento social.
Ao mesmo tempo, com mais pessoas em casa – trabalhando, estudando ou consumindo opções de entretenimento – disparou a procura por eletrônicos.
Soma-se a esse cenário as sanções dos Estados Unidos contra as principais empresas de tecnologia chinesa, afetando a cadeia mundial de suprimentos de semicondutores.
A Samsung, por exemplo, já estuda a possibilidade de atrasar o lançamento do novo Galaxy Note.
Além dos smartphones, a crise também afeta a produção de outros produtos, como computadores, videogames e, até mesmo, carros.
Grandes montadoras estão paralisando ou reduzindo a produção de veículos, por conta da falta de chips para sistemas de injeção eletrônica, airbags, freios ABS, entre outros.
Com o avanço das campanhas de vacinação ao redor do planeta e a retomada da produção, estima-se que o equilíbrio entre a produção e a demanda só deve ser alcançado no final deste ano ou no início de 2022.
Enquanto a falta de chips não é resolvida, o consumidor pode acabar sentindo no bolso ao adquirir novos produtos eletrônicos.
Com informações de Reuters.