Órgão regulador argumenta que a medida serve para afastar possíveis ameaças à segurança nacional.
A operadora de telecomunicações chinesa, China Unicom, pode estar com seus dias de operação contados nos Estados Unidos.
Isso porque a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) iniciou nesta terça-feira, 17, um processo de revogação da licença de atuação da operadora no país.
Segundo a FCC, a medida tem o objetivo de garantir mais proteção para a infraestrutura de telecomunicações dos Estados Unidos, protegendo o país de potenciais ameaças à segurança nacional.
Isso porque a operadora chinesa atua no país através de sua subsidiária China Unicom Americas, que para a FCC é controlada indiretamente pelo governo chinês.
Essa desconfiança do órgão regulador americano começou a se manifestar mais concretamente no ano passado, quando emitiu um documento exigindo que a China Unicom Americas desse motivos para que não tivesse sua licença revogada.
No entanto, os argumentos apresentados pela subsidiária chinesa não foram suficientes para acabar com as preocupações da FCC.
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Agora, a China Unicom Americas terá que responder outros questionamentos referentes ao processo. Em seguida, o órgão regulador da área de telecomunicações e radiodifusão dos Estados Unidos vai permitir que a operadora chinesa, agências do Poder Executivo interessadas e o público apresentem evidências a respeito do caso.
Essa política ‘anti-China’ parece ter sido a marca mais evidente deixada pelo ex-presidente Donald Trump. Na última semana, por exemplo, o governo Joe Biden decidiu endurecer ainda mais as restrições impostas à Huawei, empresa multinacional de equipamentos para redes e telecomunicações, sediada na China.
Política de restrições à empresas chinesas
No ano passado, Donald Trump criou uma lei para que as operadoras que fossem consideradas uma ameaça à segurança nacional tivessem sua licença de atuação nos Estados Unidos revogada.
Seguindo essa política, a FCC divulgou na última semana uma lista atualizada das empresas de telecomunicações que são consideradas perigosas para a segurança do país.
O documento contém cinco empresas chinesas, sendo elas a Huawei e ZTE, que já estavam na lista, e as empresas Hikvision, Hytera Communications e Dahua Technology, que atuam na área sistemas de telecomunicações e de vigilância de por vídeo.
Com informações de Telesíntese.