Operação é avaliada em R$ 1,8 bilhão e pretende levar FTTH para mais de 5 milhões de lares nos próximos quatro anos.
Em comunicado ao mercado, a Telefônica Brasil – mais conhecida pela marca Vivo (VIVT3) – anunciou que o fundo canadense Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ) comprou metade das ações da Fibrasil, a nova empresa de fibra óptica da operadora brasileira.
O negócio foi aprovado pelo conselho de administração da Vivo e o contrato foi celebrado nesta terça-feira, 2 de março.
No acordo, a CDPQ terá o controle de 50% da Fibrasil, a Telefônica Brasil 25% do capital social e os outros 25% serão da Telefónica Infra (sociedade sediada na Espanha e controlada pelo Grupo Telefónica).
A CDPQ fará investimentos de até R$ 1,8 bilhão (o que inclui pagamentos para a Vivo e contribuições para a empresa de fibra).
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Já a Vivo contribui com, aproximadamente, 1,6 milhão de casas passadas em FTTH, que já são operadas por ela.
Além disso, a operadora brasileira será ainda a cliente âncora da Fibrasil, com o objetivo de se consolidar como empresa líder convergente no país.
O fechamento do negócio ainda depende do cumprimento de certas condições e aprovações regulatórias, incluindo aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A ideia é que ativos, contratos e funcionários da Vivo sejam transferidos para a Fibrasil, todos relacionados ao negócio da fibra.
Fibrasil
Em julho do ano passado, seguindo a tendência do mercado, a Vivo anunciou a intenção de expandir a atuação no mercado de fibra no país, a partir da constituição de uma nova empresa, neutra e independente para o atacado.
O movimento é parecido com o que é feito pela Oi com a Infraco e a TIM com a FiberCo.
Há uma semana, a Vivo divulgou em fato relevante que estava em negociações avançadas com um investidor internacional, mas fez mistério quanto ao nome da CDPQ ou sobre mais detalhes da operação.
Com a Fibrasil, a Vivo espera atingir cerca de 5,5 milhões de residências em 4 anos, tendo foco principalmente em cidades médias fora do estado de São Paulo.
Com informações de Relações com Investidores Vivo.