Entre as reivindicações estão o reajuste do piso salarial e pagamento de retroativos.
Depois de se reunirem em assembleia, na última semana, os operadores de telemarketing da AlmavivA, que atendem para os serviços Claro Móvel e residencial, em Aracaju (SE), iniciaram uma paralisação na manhã desta terça-feira, 16.
Uma das reivindicações principais da categoria é que ela deixe de ser representada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Sergipe (Sinttel-SE), e tenham como representante o Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing e Empregados de Empresas de Telemarketing do Estado de Sergipe (Sindmarketing).
Os trabalhadores reivindicam o reajuste do salário mínimo para R$ 1.100, já que ainda continuam recebendo R$ 998, e o pagamento dos retroativos, referentes a férias, décimo terceiro, e feriados.
Entre as demais pautas estão o fim da exploração e de práticas antisindical; o retorno do plano de saúde Medvida; depósito único e mensal do valor do vale-transporte; reajuste do vale-refeição para R$ 12; pagamento mensal dos trabalhadores em home office.
VIU ISSO?
–> Telemarketing da TIM fez 10 ligações em 24 horas para consumidor
–> Liberado site oficial para bloquear ligações de telemarketing
–> Operadores chamam Vivo de caloteira em protesto contra call center
Os trabalhadores também protestam contra a troca de horário sem autorização do trabalhador e a reintegração de dirigentes afastados.
Segundo informações do Sindmarketing, aproximadamente seis mil funcionários trabalham na empresa e cerca de mil aderiram à paralisação.
Em seu Boletim Oficial de Comunicação, divulgado ontem, 15, em suas redes sociais, o sindicato afirma que vai realizar uma Assembleia Geral, na próxima semana.
Mas a data só deve ser decidida depois que o Departamento Jurídico do sindicato analisar a contraproposta apresentada pela AlmaViva, relacionada ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2021.
“Estamos caminhando para a solução das pendências de negociação com a AlmavivA. Portanto, pedimos a sua compreensão e paciência, até que analisemos a contraproposta apresentada pela empresa. Já estivemos mais longe de uma definição. Agora é só uma questão de poucos dias”.
Em entrevista ao Minha Operadora, um dos trabalhadores da AlmaVivA, disse considerar que a greve tem reivindicações legítimas e que espera que sejam acatadas pelo menos metade das pautas propostas.
“O salário é defasado para a categoria e, apesar do cenário da pandemia, a Almaviva registra lucro, segundo o CEO da empresa” disse.
Com informações da A8 Sergipe.