HIG está de olho no crescimento do mercado de fibra óptica no país.
A gestora de investimentos norte-americana HIG Capital está analisando a possibilidade de compra de até provedores regionais do interior do estado de São Paulo.
Atualmente, a HIG possui um portfólio de 18 ativos no Brasil, de diferentes setores, entre eles a Cel Lep, Eletromidia, Nadir Figueiredo e Tecfil.
Entretanto, a empresa de investimentos tem despertado interesse no segmento de infraestrutura de telecomunicações, principalmente na internet por fibra.
Recentemente, a HIG comprou 60% da operadora Desktop, situada em Sumaré, no interior de São Paulo.
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É a partir desta aquisição que a empresa pretende comprar provedores regionais com mais de 10 mil clientes e com receita em torno de R$ 10 milhões.
A Desktop já conta com 15 mil km de rede de fibra implantada e a expectativa é investir R$ 300 milhões para chegar a 25 mil km em 2021.
A operadora terminou o ano com 230 mil clientes e espera chegar a 500 mil até o fim deste ano.
A HIG garante que tem capital disponível e que ainda pode atrair mais investidores nacionais e estrangeiros para o negócio.
O foco é o mercado de fibra óptica, mais especificamente na oferta de internet para consumidores finais, principalmente após a emergência do novo coronavírus.
De acordo com a gestora, a internet de alta velocidade no interior de São Paulo tem um potencial de atingir quase 7 milhões de usuários.
“Queremos evitar pequenas operações espalhadas pelo Brasil. Queremos um adensamento maior de rede”, diz Marcelo Hudik, diretor da HIG Brasil e América Latina.
Sobre a oferta de redes neutras, como a FiberCo, da TIM, InfraCo, da Oi e Fibrasil, da Vivo, a HIG ainda não as vê como uma opção.
“Não sei se dá para competir com qualidade e preço usando rede neutra”, concluiu o executivo.
Ele lembra que com a Desktop, a empresa já compete com grandes e pequenos provedores.
Atualmente, dos 36 milhões de acessos na banda larga fixa no Brasil, 46,2% são feitos por meio de redes de fibra.
Na tecnologia óptica, as operadoras regionais , também chamadas de competitivas, detêm participação superior a 62% do mercado.
Com informações de Valor Econômico.