24/11/2024

Juiz dos EUA remove sanções impostas à chinesa Xiaomi

Nos últimos dias na Casa Branca, Trump acusou a empresa de ter laços com militares.

Um juiz federal dos Estados Unidos suspendeu temporariamente as sanções contra a empresa chinesa Xiaomi.

A empresa havia sido incluída numa “lista negra”, depois que Donald Trump – em seus últimos dias como presidente dos EUA – alegou que a Xiaomi e outras 8 empresas chinesas possuíam ligações com militares da China.

Na prática, as empresas foram proibidas de receber investimentos de pessoas e organizações dos Estados Unidos.

Em recurso judicial, a Xiaomi classificou a decisão como “incorreta” e que “a empresa foi privada do devido processo”.

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Com a determinação de Trump, a empresa foi obrigada a deixar de negociar ações no país, além de pedir que todos os investidores americanos vendessem os papéis da Xiaomi.

Porém, a Justiça do Distrito Federal de Columbia considerou que o argumento de Trump era “profundamente falho” e que os departamentos da Defesa e do Tesouro não comprovaram os laços da Xiaomi com militares chineses.

“A Xiaomi é uma empresa que fabrica produtos para uso civil e é controlada por um conselho independente e acionistas e não é efetivamente controlada ou associada a entidades sob o controle do Governo da República Popular da China ou de seus serviços de segurança”, indicou o juiz.

A decisão ainda tem caráter de liminar, mas a empresa diz que pretende buscar a remoção permanente da proibição.

Hoje, a Xiaomi é uma das maiores fabricantes de celulares do mundo, atrás apenas da Samsung e da Huawei.

Por trás das denúncias de espionagem dos EUA, pode estar a preocupação estratégica do país em buscar o domínio nos mercados de semicondutores ou telecomunicações a nível global.

A Huawei e a ZTE, por exemplo, continuam banidas e são consideradas como uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.

Apesar das diferenças ideológicas, o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pelo menos por enquanto, pretende não apenas manter as sanções contra a China, mas também torná-las mais rígidas.

Com informações de Tecnologia Geek e G1.

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