Será que a conta final vai cair para o consumidor? Valor ultrapassa planejamento feito pelas operadoras de telefonia móvel.
As operadoras tinham um planejamento, mas os planos do Governo Federal podem encarecer o leilão do 5G mais do que as teles esperavam. Segundo valores preliminares, a conta pode ficar R$ 12 bilhões mais cara do que o planejado pelas empresas.
Desde o início, quando começaram a falar na quinta geração, as companhias de telecomunicações pediam por uma negociação mais voltada para o desenvolvimento da infraestrutura do país, sem viés arrecadatório.
Ou seja, na prática, significa que o governo concede as frequências necessárias e as operadoras pagam com o desenvolvimento do país. Instalação de fibra óptica, expansão do 4G e outras obrigações são exemplos.
Ao que tudo indica, chegou-se a esse entendimento, mesmo que as empresas de telefonia móvel tenham considerado que o Governo Federal fez mais exigências do que o necessário, elevando os custos. A rede privada em Brasília é uma delas.
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E os valores utilizados como base mostram que a conta realmente deve ficar mais cara do que o planejado. O levantamento preliminar da Anatel prevê que o leilão está avaliado entre R$ 33 e R$ 35 bilhões.
Obviamente, o valor ainda passará pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que vai regular e validar.
Mas, ainda assim, é bem distante do que foi calculado pelas empresas de telecomunicações, que previam um custo de R$ 23 bilhões, com base nas exigências feitas pelo Governo Federal no edital do 5G.
Isso significa que existe uma diferença acima de R$ 10 bilhões no valor e pode significar que o governo fará cobranças bilionárias por outorgas. Iniciativa que definiria facilmente o leilão como “arrecadatório”. O mesmo ocorreu com as tecnologias 2G, 3G e 4G.
Para o Ministério das Comunicações, ainda é prematuro falar sobre valores, sem a análise do TCU.
Com informações de Estadão