Operadoras virtuais querem regulação da Anatel para ofertar planos mais justos no mercado móvel.
A partir de agora as operadoras móveis virtuais (MVNOs) passam a contar com uma associação que as representem, a Associação Brasileira de Operadoras Móveis Virtuais (Abratual).
A nova entidade setorial nasce a partir da união das MVNOs Dry Company, Fluke, MaisVirtual e Veek.
Entre as pautas prioritárias da Abratual está a busca por uma regulamentação dos preços praticados no atacado, permitindo que elas possam oferecer planos mais baratos para os consumidores.
A entidade defende que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) crie uma tabela de preços de referências ou mesmo regule o setor, para que um valor seja fixado e que seja justo para todos (grandes operadoras, MVNEs, MVNOs e consumidores).
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Sem regulação, as operadoras têm cobrado das MVNOs preços até oito vezes mais caros pelo tráfego de megabyte de dados.
“Hoje a oferta de atacado só tem o nome de atacado, porque o preço é de varejo. A regulamentação do preço de atacado é uma absoluta necessidade, especialmente em um momento de concentração das operadoras. É impossível um segmento de operadoras virtuais sem maior intervenção do regulador”, afirmou Olinto Sant’Ana, executivo da MaisVirtual, ao Mobile Time.
Outra pauta da associação é lutar pelo fim do mercado cinza, com empresas se passando por MVNOs autorizadas.
Aqui entram os chips estrangeiros sendo comercializados no país em regime de roaming permanente.
Tem também o caso de pequenas empresas (de poucos funcionários) que contratam milhares de linhas móveis junto às grandes operadoras para revender para terceiros.
Por enquanto, a Abratual ainda não está legalmente constituída, mas já iniciou as atividades.
Nesta terça-feira, 30 de março, os representantes da atividade tiveram uma reunião com o presidente da Anatel, Leonardo Euler, para apresentar as pautas prioritárias.
“Nossa motivação principal é o reconhecimento de que as MVNOs são as operadoras que podem inovar na competição e trazer benefícios para o consumidor”, concluiu Sant’Ana
Com informações de Mobile Time.