Medida vale apenas para cidades localizadas na fronteira com Argentina e Paraguai.
Na última semana, o conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), autorizou as operadoras Oi e a TIM a utilizarem faixas de frequências alternativas para melhorar o sinal em cidades da região sul que fazem fronteira com países vizinhos.
A decisão da agência atende a um pedido feito pelas próprias operadoras.
Desde 2009, o sinal da telefonia móvel nas cidades de Uruguaiana/RS e Foz do Iguaçu/PR sofre interferência causada pela incompatibilidade entre as radiofrequências utilizadas pelo Brasil e os países vizinhos, Argentina e Paraguai.
“As interferências do tipo crossband levam um país a ter enlaces de descida (downlink) na mesma faixa em que o país limítrofe tem o seu enlace de subida (uplink), o que pode conduzir à perda de recepção na estação radiobase”, informa a Anatel.
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A agência explica que não é possível evitar interferências nas faixas de 1850 a 1880 MHz e 1930 a 1980 MHz se houver sobreposição nos enlaces de subida e de descida.
Como as radiofrequências se propagam para além das fronteiras dos países, agências reguladoras e as operadoras do Brasil, Argentina e Paraguai chegaram à solução de repartir frequências entre os países, assim como recomenda a União Internacional de Telecomunicações (UIT) em interferências do tipo.
Com isso, houve uma redução nas faixas de radiofrequências disponíveis para as operadoras nas regiões de fronteira.
Na autorização da Anatel, a TIM ficará responsável por cobrir 20% da área urbana de Uruguaiana, utilizando uma subfaixa distinta da que lhe foi outorgada durante o leilão de frequências.
Já Oi fará o mesmo, mas cobrindo pelo menos 80% da área urbana do distrito sede de Foz do Iguaçu.
Com a decisão, os usuários dos dois municípios poderão usufruir de uma tecnologia móvel igual ou superior ao que é originalmente prevista para o restante do país.
Com informações de Anatel.