Cibercriminoso é suspeito de vender informações de 223 milhões de brasileiros na internet.
Na manhã desta sexta-feira, 19 de março, a Polícia Federal (PF) prendeu um hacker suspeito de estar envolvido com a venda de dados vazados de 223 milhões de brasileiros em janeiro passado.
Utilizando o pseudônimo VandaTheGod, o hacker estava abertamente utilizando as redes sociais para fazer anúncios informais.
Conforme denunciado pela empresa de segurança Psafe, o cibercriminoso estava comercializando os dados em fóruns na deep web, parte da internet que não é indexada em sistemas de busca, como o Google, por exemplo.
Segundo o hacker, os dados vazados não eram do Serasa – como se suspeitava -, mas de uma empresa que está ligada ao governo.
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Na época, a Serasa havia afirmado que não havia indicações de qualquer invasão dos sistemas.
A prisão preventiva foi expedida por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF afirmou que ele é acusado do crime de obtenção, divulgação e comercialização de dados.
Entretanto, ainda não ficou esclarecido se o hacker preso estava envolvido diretamente com a obtenção dos dados ou estava apenas revendendo a base adquirida por outro cibercriminoso.
VandaTheGod também é investigado por uma possível participação no ataque ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante as eleições do ano passado.
A investigação é feita pela Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da Polícia Federal.
Outros vazamentos de dados
Desde o episódio de janeiro, pelo menos mais dois casos de vazamento de dados vieram a público.
Em fevereiro, dados de 102,8 milhões de linhas de celular foram expostos, incluindo números de telefone, CPF e detalhes sobre o uso dos planos móveis.
As operadoras Vivo, Claro, TIM e Oi são investigadas no caso pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), pelo Procon-SP e também pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
No último fim de semana, uma nova base de dados com informações detalhadas começou a ser comercializada na deep web, com dados de 112 milhões de brasileiros.
Ainda não há informações se existe alguma ligação entre esses três recentes vazamentos de dados.
Com informações de Folha de São Paulo.