Entretanto, alta na receita ajudou a empresa estatal a diminuir as perdas dos últimos anos.
Nesta quinta-feira, 18 de março, a Telebras divulgou os resultados financeiros referente ao ano de 2020.
No ano passado, a empresa estatal reportou uma receita operacional bruta de R$ 329,0 milhões, alta de 24,3% em relação a 2019.
A receita da companhia é proveniente da prestação de serviços de comunicação multimídia, locação de capacidade satelital, aluguéis de infraestrutura de telecomunicações, entre outros.
Segundo o documento divulgado pela Telebras, o crescimento na receita foi puxado pelo aumento do uso do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), principalmente no programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), que oferta conectividade gratuita para regiões desconectadas do Brasil.
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Já os custos e despesas operacionais apresentaram um crescimento de 5,9% em relação a 2019, totalizando R$ 337,6 milhões.
Este montante é reflexo do aumento de 159,5% nos custos com aluguéis, locações e seguros (R$ 28,6 milhões); 18,5% com despesas com pessoal (R$ 95,9 milhões); crescimento de 7,8% nos serviços prestados por terceiros à empresa (R$ 93,0 milhões); entre outros.
Apesar do bom resultado na receita, a Telebras acumula prejuízos líquidos de R$ 106,2 milhões em 2020.
A boa notícia é que esse prejuízo caiu em mais da metade (-55,28%) em relação a 2019, que era de – R$ 237,5 milhões.
Vale lembrar que em 2020, a Telebras passou a ser classificada como uma “Empresa Estatal Dependente”.
Com isso, a empresa ficou sem autonomia e sem recursos próprios, ficando dependente de recursos governamentais para o pagamento de gastos com pessoal e outros custeios.
“Nesse contexto [de pandemia], coube à Telebras, no cumprimento de sua missão institucional, ampliar e intensificar o atendimento às comunidades locais por meio do programa WiFi Brasil, executado em parceria com o Ministério das Comunicações, levando internet gratuita e ilimitada para regiões remotas do País, onde não há nenhuma ou pouca conexão. Dispor de um backbone nacional de 28.880 km de fibras ópticas, cruzando todas as regiões do País, e de um Satélite Geoestacionário (SGDC) com cobertura nacional, com o elevado profissionalismo dos nossos colaboradores, foi imprescindível para esse atendimento”, afirmou a administração da estatal.