Analistas preveem a aprovação do negócio e o aumento de receita e lucro da operadora em 2023.
Enquanto a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não aprova a venda da Oi Móvel para as operadoras Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro, analistas fazem projeções financeiras animadoras para investidores.
Antes mesmo da incorporação dos ativos móveis da Oi (OIBR3/OIBR4), o Safra afirma que as ações da Vivo estão atrativas, com a previsão de subir o valor negociado até R$ 58.
Na tarde desta quinta-feira, 8 de abril, por volta das 16h40, as ações da operadora são cotadas a R$ 44,74, alta de 0,43%.
Entretanto, o Safra vai além e projeta que com a aprovação da venda dos ativos da Oi, as ações da Vivo poderiam aumentar mais 5%, chegando a R$ 61.
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“Após a aprovação regulatória para a venda da unidade móvel da Oi, a Vivo deve consolidar sua posição dominante no setor, apesar de não ter ficado com a maior fatia dos ativos”, afirmaram os analistas Luis Azevedo e Silvio Dória.
As três operadoras foram as vencedoras do leilão da Oi Móvel, realizado em 14 de dezembro de 2020.
As empresas juntas pagarão R$ 16,5 bilhões pelos ativos, sendo que a TIM pagará a maior fatia do valor (44%), seguido da Vivo (33%) e Claro (23%).
A Vivo deve herdar 10,5 milhões de clientes da Oi (29% da base total), aumentando o número de usuários da operadora para 88,2 milhões, o maior do setor móvel.
O Safra já vislumbra um cenário que a venda será aprovada pelo Cade e Anatel no final de 2021 e que a migração de clientes da Oi para a Vivo demore cerca de seis meses.
O impacto financeiro será sentido apenas em 2023, quando a corretora projeta uma receita líquida adicional de R$ 2 bilhões com os ativos da Oi.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve chegar a R$ 2,1 bilhões.
“Somada a ajustes de preços mais racionais no setor no médio e longo prazos, o que reduz o risco de guerra de preços, a incorporação dos ativos móveis da Oi deve trazer um aumento na receita, diluição de custos e melhora nas margens operacionais da Vivo”, disseram os analistas.
Com informações de Money Times.