Negócio é visto como uma preparação da empresa para participar do leilão do 5G.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda de 9,8% da Highline para o fundo Alberta Investment Management Corporation (AIMCo), do Canadá.
A decisão é de 9 de abril passado e foi publicada nesta semana no Diário Oficial da União.
Com o negócio, que não teve os valores revelados, o AIMCo passará a deter mais de 20% da Highline, mas não possui o controle da empresa.
O Cade entendeu que não há riscos de concentração nos mercados de atuação das duas empresas.
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A Highline no Brasil, controlada pela Digital Colony, atua de forma independente na área de infraestrutura de redes de telecomunicações.
Já a AIMCo possui uma participação minoritária (acima de 20%) na brasileira Iguá, uma empresa de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
“Entende-se que a Operação configura uma mera substituição de agente econômico, não demandando, deste modo, uma análise mais aprofundada dos mercados envolvidos”, afirmou o Cade em decisão.
Leilão do 5G
O negócio com o AIMCo, assim como a compra dos ativos de torres da Oi, são alguns dos preparativos da Highline para o leilão do 5G, a ser realizado neste ano.
A empresa espera ser fornecedora de infraestrutura para operadoras de todo o Brasil.
Além disso, a Highline pode vir a adquirir lotes regionais de frequências do 5G, especialmente nas regiões onde os grandes players não são dominantes.
A empresa tem feito estudos sobre a viabilidade de fazer parcerias com prestadoras de pequeno porte (PPPs).
Assim, a Highline poderia atuar exclusivamente no atacado – alugando torres e frequências para pequenas empresas – operando uma rede móvel neutra.
A Highline tem interesse ainda em participar no leilão de ativos da InfraCo, a nova empresa de fibra da Oi, atualmente em acordo de exclusividade com o Grupo BTG Pactual.
Com informações de Telesíntese e Teletime.