Fabricante chinesa pode perder um dos maiores clientes na Europa.
De acordo com três fontes familiarizadas com o assunto, a companhia Telecom Italia, controladora da TIM (TIMS3) no Brasil, enviou à fabricante Huawei um documento pedindo o cancelamento do contrato de fornecimento de equipamentos para redes 5G.
Atualmente, a Telecom Italia é uma das maiores clientes da Huawei na Europa.
A pressão dos Estados Unidos contra a fabricante chinesa, alegando riscos de segurança, pode ter gerado reflexos sobre a companhia italiana.
Contudo, as fontes afirmam que a decisão da Telecom Italia seguiu uma revisão estratégica de compras de equipamentos para a telefonia móvel na Itália, envolvendo uma análise de custo-benefício.
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A Itália não baniu o uso de equipamentos da Huawei em redes 5G do país.
Porém, a legislação atual permite que condições sejam impostas em contratos que envolvam fornecedores de fora da União Europeia.
Inicialmente, a Telecom Italia planejava comprar infraestrutura de rede das fabricantes Huawei e da sueca Ericsson.
Depois, a companhia resolveu incluir a finlandesa Nokia, dividindo o contrato entre as três empresas.
Agora, todo o fornecimento será dividido entre a Ericsson e a Nokia, segundo as fontes.
Tanto a Telecom Italia quanto a Huawei não quiseram comentar sobre o fim do contrato.
No ano passado, a Telecom Italia não convidou a Huawei para participar de uma licitação para compra de equipamentos para a rede principal 5G na Itália, na qual trafegam dados sensíveis.
Na época, fontes também afirmaram que a decisão foi tomada por preocupações quanto à segurança dos produtos chineses.
No Brasil, a parceria entre a TIM e a Huawei existe há anos.
Em 2019, por exemplo, a operadora firmou uma parceria com a Huawei para instalar a primeira antena para iniciar os testes com a rede 5G em Florianópolis, no estado de Santa Catarina.
No último posicionamento sobre o assunto, a TIM disse que a escolha de fornecedores para as redes 5G será feita por “critérios de alta qualidade e preços competitivos” e seguindo as regras do governo brasileiro.
Com informações de Reuters.