Fabricante anunciou que pretende interromper a produção de smartphones e fechar fábricas.
Nesta segunda-feira, 12 de abril, cerca de 700 funcionários da fábrica da LG em Taubaté/SP entraram em greve por tempo indeterminado.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta de indenização para o encerramento da produção na fábrica.
Na semana passada, a LG anunciou que a partir de 31 de julho de 2021 pretende parar de produzir smartphones em todo o mundo.
No comunicado, a empresa coreana havia informado que o destino dos empregados das fábricas seria decidido localmente, em cada país.
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No caso do Brasil, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) afirma que a LG pretende transferir a fabricação de notebooks e celulares de Taubaté para Manaus, onde a empresa teria mais incentivos fiscais.
A expectativa é que mais de 1 mil funcionários sejam demitidos.
Na proposta apresentada ao Sindmetau, a LG propôs aos trabalhadores extensões de planos médicos, indenização de acordo por tempo de casa, qualificação profissional, entre outros.
Porém, a proposta foi rejeitada, mesmo com a fabricante afirmando ser o máximo que ela pode oferecer, inclusive dizendo já estar no limite.
Além dos funcionários em Taubaté, mais três fábricas que produzem componentes para a LG entraram em greve nesta terça-feira, 13 de abril.
Os 430 trabalhadores da Blue Tech e 3C, em Caçapava (SP), e Sun Tech, em São José dos Campos (SP), estão ameaçados de demissão.
“Caso se esgotem as possibilidades de permanência das fábricas na região, a luta será para garantir que todos benefícios pagos aos trabalhadores da LG sejam estendidos às funcionárias da Blue Tech, Sun Tech e 3C”, diz o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, em nota.
A entidade também entrou com uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) para apresentar denúncia contra a LG, por promover uma demissão coletiva em plena pandemia da Covid-19.
O sindicato também acusa a LG de falta de negociação prévia, de transparência e de boa-fé.
Com informações de Teletime e Correio Brasiliense.