Executivo da operadora já havia afirmado que a operadora não tinha interesse em participar da licitação de frequências.
Nesta terça-feira, 13 de abril, Rodrigo Abreu, CEO da Oi (OIBR3/OIBR4), disse que a operadora tem interesse em participar do leilão do 5G.
Entretanto, Abreu afirmou que a companhia não pretende oferecer o serviço móvel por meio de uma rede 5G para o consumidor final.
Segundo o executivo, a participação da operadora na licitação terá como maior foco a infraestrutura de fibra para a implantação do 5G, por meio da InfraCo, e na oferta de banda larga fixa e sem fio (FWA) para alguns clientes nas faixas de 25 GHz e 26 GHz.
“Ainda é cedo para falar ou afirmar. Vamos participar enquanto Oi no leilão do 5G, quando acontecer, mas estamos esperando para analisar as opções e a versão final do RFP [pedido de proposta]”, explicou o CEO da Oi.
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A fala de Abreu ocorreu durante teleconferência para apresentação da proposta de venda da InfraCo, a nova unidade de fibra da Oi, para o Grupo BTG Pactual.
Rodrigo reconheceu as oportunidades que o 5G trará para a InfraCo, principalmente pela necessidade de infraestrutura de fibra, por conta de todas as exigências e capilaridades necessárias para a implementação das novas estações rádio base para a conexão móvel de nova geração.
É válido lembrar que em fevereiro passado, Eduardo Levy, vice-presidente de relações institucionais da Oi havia afirmado que a operadora não participaria do leilão de frequências, algo que foi confirmado dias depois pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Na época, a afirmação de Levy é justificada pela venda da Oi Móvel, assim como a possibilidade da operadora ser impedida de participar do leilão.
Um possível entrave é que as faixas licitadas sejam todas destinadas para uso no serviço de telefonia móvel e não apenas para a banda larga fixa sem fio.
A Oi também poderia ser impedida de participar do leilão por estar em “em processo de transferência de controle societário”.
Atualmente, a proposta de edital do leilão aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU).
A expectativa é que ela seja aprovada até o final deste semestre.