Modelo deve trazer benefícios às operadoras de telecomunicações, melhorando o aproveitamento de tráfego de dados.
Pesquisadores desenvolveram um modelo de otimização que permite às operadoras de telecomunicações aproveitarem melhor a capacidade de tráfego de dados de suas redes.
O modelo foi desenvolvido por integrantes do Grupo de Teleinformática e Automação (GTA), ligado ao Programa de Engenharia Elétrica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
De acordo com o professor Miguel Elias Campista, do GTA da Coppe/UFRJ, a ferramenta permite que o tráfego de dados nas redes das operadoras seja direcionado de forma inteligente, o que pode resultar em serviços ainda mais precisos e eficientes para os clientes das prestadoras.
O modelo é baseado em um novo conceito de roteamento por segmento e busca diminuir as informações que os equipamentos de rede precisam armazenar, transferindo para a borda da rede, ou seja, o ponto inicial da transmissão, onde há mais capacidade de processamento.
O objetivo dessa ferramenta é diminuir a sobrecarga da rede, que acontece quando um número muito grande de usuários trafegam ao mesmo tempo, superando a capacidade de uma determinada rota.
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“Quando isso ocorre, as operadoras têm que reconfigurar a distribuição das informações por rotas alternativas de forma manual, ou por meio de ferramentas de planejamento off-line, o que pode ocasionar atrasos nas alterações necessárias à dinâmica do tráfego que passa na rede”, disse Campista em entrevista para a Agência Brasil.
Por isso, o modelo de otimização busca distribuir a carga por segmentos e, assim, reduzir os possíveis congestionamentos.
A qualidade de serviço, medida por métricas de atraso, também foi uma preocupação dos pesquisadores. Por isso, buscam estão buscando soluções para que a rede possa atender determinadas condições de capacidade, o que geraria reflexos para os usuários.
Basicamente, há um calculo e redistribuição do fluxo de informações que trafegam pelas redes dos roteadores do núcleo (backbones), que já operam de forma segmentada. Isso permite evitar aquelas lentidões e interrupções causadas pelo congestionamento.
A ferramenta desenvolvida pelo Coppe ainda busca contribuir com o replanejamento de redes em época de grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas.
A ferramenta teve resultados baseados em modelos teóricos com dados reais cedidos por uma operadora. Agora, o objetivo é realizar testes em ambiente real, ou seja, na própria operadora, ou em escala reduzida, no laboratório do GTA.
Com informações de Agência Brasil.