Operadoras britânicas são controladas pela Liberty Global e a dona da Vivo.
Nesta quarta-feira, 14 de abril, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), do Reino Unido, autorizou a fusão entre as operadoras britânicas Virgin Media e a O2.
O negócio é avaliado em £ 31 bilhões (R$ 211,02 bilhões na cotação atual).
A Virgin Media é um conglomerado de mídia britânico que presta serviços de telefonia e televisão, com maior presença no mercado de banda larga fixa.
Já a O2 é uma operadora de telefonia móvel, filial do grupo espanhol Telefônica – que também controla a Vivo (VIVT3) no Brasil.
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Analistas temiam que a transação poderia formar um grupo econômico muito grande no setor de telecomunicações, o que poderia gerar concentração de mercado.
Entretanto, o órgão regulador descartou consequências negativas para os consumidores britânicos, uma vez que a participação do mercado de telefonia da Virgin é muito pequena para concorrer com a O2.
Além disso, a operação não deverá reduzir a concorrência local, pois existem outras empresas no setor, como a gigante britânica BT ou a rival direta Vodafone.
“[A investigação] mostrou que a operação não deve representar aumentos de preços ou redução da qualidade do serviço na telefonia móvel, o que significa que os clientes devem seguir beneficiados por uma forte concorrência”, explicou Martin Coleman, coordenador da investigação da CMA.
A fusão entre as duas empresas foi anunciada em maio de 2020.
A O2 possui 34 milhões de clientes na telefonia móvel, incluindo alguns milhões de operadoras virtuais (MVNO), como a Tesco Mobile, que aluga a infraestrutura da filial controlada pela Telefônica.
Já a Virgin Media foi comprada em 2013 pela Liberty Global, que pertence ao bilionário norte-americano John Malone.
A companhia possui seis milhões de clientes de internet e 3,3 milhões de usuários na telefonia móvel.
Com informações de Isto É Dinheiro.