Fábio Faria disse que enviaria “recomendação” para que 5G DSS fosse tratado como 4.5G pelas operadoras.
Após o Ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmar que enviaria um ofício informal às operadoras para que mudassem a forma como tratam o 5G DSS, algumas delas se sentiram desconfortáveis com a medida.
Algumas empresas entenderam a fala como interferência indevida.
No entender do chefe da pasta, a tecnologia 5G DSS não pode ser considerada como de quinta geração nem exibida assim em telefones por não trazer consigo os benefícios de velocidade e latência que se espera do 5G.
Com o 5G DSS, as operadoras podem usar parte do espectro destinado ao 4G antes que seja realizado o leilão das frequências de 5G, algo que deve acontecer em breve.
VEJA TAMBÉM:
–> TIM expande cobertura 5G DSS em novos pontos de São Paulo
–> O que é 5G DSS? Saiba o que esperar desta nova tecnologia
–> TIM, Oi e Vivo levam chamada do Conar por causa do ‘5G DSS’
O 5G DSS também serviria para que as operadoras complementassem a oferta de 5G “nativo” quando este for lançado. Além disso, é o próprio aparelho que identifica a rede na qual está conectado e mostra o ícone adequado.
Essa identificação acontece com base em diretrizes técnicas da 3GPP, grupo responsável pela padronização das tecnologias móveis que são usadas ao redor do mundo.
O dispositivo escolhe automaticamente a tecnologia com sinal disponível que tenha a maior capacidade em determinada região onde se encontrar.
Ou seja, não é algo que possa ser gerenciado pelas operadoras brasileiras. As únicas formas de fazer o ícone sumir seriam mudar as configurações do aparelho e forçar o uso de uma tecnologia anterior como a 4G.
Outra alternativa seria aquela onde as prestadoras deixam de emitir o sinal 5G DSS para que assim os aparelhos compatíveis não possam identificá-lo.
A Anatel segue padrões internacionais como o 3GPP e ETSI para determinar seus requisitos técnicos para que as fabricantes e empresas possam certificar e comercializar equipamentos 5G no Brasil.
Com base nisso foi possível que as operadoras brasileiras lançassem as redes 5G DSS e os aparelhos compatíveis que estão disponíveis nas lojas do varejo, como o Motorola Edge.
Leonardo Euler, presidente da autarquia, chegou a falar em maio de 2020 que as operadoras poderiam fazer o lançamento do 5G comercialmente usando frequências preexistentes, o que se dá por meio do 5G DSS.
Enquanto a experiência do 5G sem ser DSS, com suas próprias frequências e predicados, venha a ser diferente, nada impede atualmente que o 5G DSS seja considerado tecnicamente como de quinta geração.
A declaração do ministro Fábio Faria foi feita nesta quinta-feira, 13, ao site UOL. Ele reclamou sobre o ícone aparecendo na tela dos celulares como 5G mas sem a experiência esperada pela tecnologia “nativa”.
Com informações de Teletime