24/11/2024

TIM Brasil já representa 50% do valor de mercado da Telecom Italia

Em entrevista, executivo da operadora ressaltou o potencial do mercado brasileiro, mas fez críticas à alta carga tributária do país.

TIM Brasil já representa 50% do valor de mercado da Telecom Italia

De acordo com Leonardo Capdeville, diretor de tecnologia e informação (CTIO) da TIM (TIMS3), a operadora brasileira já corresponde a 50% da capitalização de mercado (market cap) da controladora Telecom Italia.

O market cap é o valor total de mercado das ações em circulação de uma determinada organização.

Segundo ele, a TIM é hoje o principal motor de crescimento em receita EBITDA da Telecom Italia, o que demonstra a importância do Brasil para as operações do grupo italiano.

A afirmação foi feita durante entrevista em um podcast do banco Bradesco.

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Capdeville ressaltou que o Brasil é o quinto maior mercado mundial em número de acessos móveis. Entretanto, ele diz que o país fica em décima segunda colocação em receitas no setor.

Ou seja, apesar de ter um mercado potencial de crescimento econômico, as empresas de telecomunicações ainda enfrentam baixas receitas.

Ele aproveitou para criticar a alta carga tributária no Brasil, que está na lista de uma das maiores do mundo, algo que ele classificou como “cruel” e um “grande desafio” para as operadoras.

O executivo da TIM afirmou que a receita média por usuário nos Estados Unidos está na ordem de US$ 50 (R$ 261,63 na cotação atual do dólar), enquanto no Brasil esse número está na faixa dos R$ 20.

“Além disso, nós temos esse componente do imposto que sobretaxa muito a questão das telecomunicações no Brasil. Isso é algo que precisa ser repensado porque telecomunicações deixa de ser uma questão supérflua para virar uma questão de competitividade”, afirmou Leonardo.

O CTIO da operadora disse ainda que esse cenário pode gerar repercussões na qualidade de serviços de saúde, na educação ou na produtividade de negócios.

“É importante que esse debate venha à tona para que a gente enxergue as telecomunicações como um pilar para competitividade, um pilar para produtividade. Se a gente desonera as telecomunicações é bem possível que essa questão dos impostos voltem sobre todos os outros setores que serão mais eficientes”, conclui o executivo da TIM.

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