Entenda o que fez a Viasat entrar com um pedido na FCC para suspender a expansão da concorrente.
A lista de dificuldades para que a SpaceX lance seu serviço de internet via satélite acaba de aumentar: a Viasat enviou para a Federal Communications Commission (FCC), a Anatel estadunidense, um pedido para suspender o lançamento de satélites da Starlink.
O funcionamento se dá a partir de uma “constelação” de satélites orbitando o planeta e se comunicando com a superfície terrestre por meio de estações que possuem antenas sempre apontadas para os equipamentos no céu.
Até agora este ano, a Starlink adicionou mais de 700 satélites na sua constelação, chegando ao total de mais ou menos 1.600 dispositivos orbitantes. Outra coisa que também mudou foi a estratégia de posicionamento deles.
A princípio, a SpaceX planejava colocar no ar 1.584 satélites posicionados a 550km e outros 2.825 orbitando entre 1.1km a 1.3km de altitude.
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A FCC concordou no início do ano em permitir que a SpaceX fizesse essa alteração na órbita mais próxima, porém a Viasat não gostou disso e deu entrada no pedido para suspender o lançamento.
O argumento é que a modificação realizada deveria ter engatilhado uma nova análise sobre impactos ambientais. Outras operadoras de internet via satélite também engrossaram o caldo da reclamação.
Para essas prestadoras, o reposicionamento dos satélites da Starlink “aumentaria substancialmente a interferência causada a outros sistemas”.
“Acreditamos que a FCC falhou em conduzir uma necessária análise ambiental (…) e não honrou o comprometimento da administração Biden-Harris com uma abordagem baseada na ciência no sentido de proteger a atmosfera, o clima na Terra, o espaço e o bem-estar dos cidadãos norte-americanos antes de autorizar o lançamento de centenas de novos satélites de baixa órbita da Starlink”
John Janka, diretor de assuntos governamentais e regulatórios da Viasat
A Viasat deu um prazo até o dia 01 de junho para que a FCC suspenda novas expansões da concorrente Starlink. Porém, em 15 de maio, a SpaceX adicionou 52 novos satélites na constelação da provedora.
Ontem, 26, a prestadora pertencente a Elon Musk fez o centésimo lançamento consecutivo com o foguete Falcon 9, completando a rede da Starlink com novos 60 satélites.
Caso a FCC decida por não suspender os próximos lançamentos da Starlink, a Viasat diz que vai levar o caso para a Corte de Apelações dos Estados Unidos no Distrito de Columbia.
Com informações de Slashgear e Olhar Digital