Operação prevê cisão de ativos e tem o objetivo de garantir maior eficiência operacional e financeira para a operadora.
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações concedeu anuência prévia para que a América Móvil (que controla as operações da Claro no Brasil) possa criar uma nova empresa de infraestrutura, chamada por enquanto de NewCo.
Enquanto as rivais Oi (OIBR3/OIBR4), TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3) estão criando novos negócios de fibra, a Claro pretende criar uma nova empresa de torres de telefonia móvel.
Inicialmente, a Claro pretende incorporar parte dos ativos de torres da subsidiária Americel, o que deve aumentar em R$ 23,5 milhões o capital da operadora.
O valor pode sofrer alteração por conta de depreciação dos ativos.
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Em seguida, a companhia pretende promover uma cisão da Claro, criando a nova empresa de infraestrutura passiva.
A nova unidade vai reunir ativos de torres da Claro, além do acervo recebido da Americel.
A operação não prevê a troca no comando societário da NewCo e nem a transferência de bens reversíveis.
A concretização só deverá ser realizada após a conclusão da reestruturação interna na operação móvel da Claro, por conta da incorporação da Nextel.
Este processo sofreu atrasos por conta da pandemia da Covid-19.
A expectativa da América Móvil é que a nova empresa seja criada ainda neste ano.
O processo foi protocolado em dezembro do ano passado e a aprovação da Anatel saiu na última quinta-feira, 17 de junho, com decisão unânime dos conselheiros, sob relatoria de Moisés Moreira.
A agência reguladora entendeu que não havia riscos à prestação de serviços pela Claro.
De acordo com a Claro, a NewCo não deverá prestar serviços de telecomunicações, sendo explorada a infraestrutura de forma passiva pela operadora.
A ideia é que a transação visa garantir maior eficiência operacional e financeira para o Grupo Claro.
Em abril, Daniel Hajj, CEO da operadora, afirmou em abril passado que ainda não havia definição de qual bolsa a nova empresa de torres será listada.
A Americel foi comprada pela Claro em 2003, e atuava nos estados do Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, por meio da tecnologia móvel TDMA.
Com informações de Telesíntese e Teletime.