Negócio de rede de fibra neutra será controlado pela operadora e pelo fundo canadense CDPQ.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu anuência prévia para a criação da empresa de infraestrutura Fibrasil, controlada pela operadora Vivo (VIVT3) e o fundo canadense Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ).
A decisão foi emitida nesta terça-feira, 1º de junho, em votação do Conselho Diretor da Anatel.
Para viabilizar o negócio, o CDPQ abriu no país a empresa “Fibre Brasil”, conforme prevê a legislação brasileira, uma vez que a Fibrasil precisa ter a maioria do capital votante formado por pessoas naturais ou empresas constituídas no Brasil.
A anuência terá validade de 180 dias, podendo ser prorrogado por igual período, desde que sejam mantidas as mesmas condições societárias.
VEJA TAMBÉM:
–> Vivo acredita que grandes operadoras vão recuperar liderança na banda larga
–> Vivo Fibra bate recorde de adições e fatura R$ 1 bilhão no 1º trimestre
–> Fibrasil entra em operação no segundo semestre, diz Vivo
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também já aprovou a transação, em 6 de abril de 2021, assim como a Agência Antitruste Europeia, no dia 23 do mesmo mês.
O CDPQ terá 50% das ações da nova joint-venture, mediante pagamento de R$ 1,8 bilhão para a Vivo.
Já os outros 50% do capital da Fibrasil será dividido, sendo 25% para a Vivo, e os outros 25% para a Telefónica Infra, subsidiária da espanhola Telefónica (que também controla a operadora brasileira).
A exemplo da InfraCo, da Oi (OIBR3/OIBR4), e da FiberCo, da TIM (TIMS3), a nova empresa tem o objetivo de criar uma rede de fibra neutra para o atacado, podendo ser utilizado por provedores locais, mas tendo a Vivo como principal cliente.
Inicialmente, a Vivo contribuirá com 1,6 milhão de casas passadas com fibra para a Fibrasil.
A meta é atingir 5 milhões de home passeds nos próximos 4 anos.
“Essa iniciativa permitirá a expansão da fibra e capturar valor, consolidando a nossa liderança e remunerando a Fibrasil pelo uso da sua rede”, afirmou Christian Gebara, presidente da Vivo, em maio passado, durante teleconferência de resultados.
Com informações de Teletime.