Agência formou grupo para investigar a fundo o funcionamento de aparelhos e identificar brechas de segurança.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) criou na semana passada o “GT TV Box”, um grupo de trabalho que pretende investigar o funcionamento das famosas “caixinhas” piratas.
O grupo tem coordenação da Superintendência de Fiscalização da agência e busca fazer uma engenharia reversa nos modelos de aparelhos piratas mais vendidos no Brasil, identificando riscos à segurança e privacidade de usuários.
Fruto de contrabando, os aparelhos são conectados a televisores e oferecem acesso a conteúdos audiovisuais pirateados da TV Paga e cinemas.
Entretanto, a Anatel acredita que esses dispositivos contam com recursos que criam backdoors, brechas nas redes Wi-Fi com o objetivo de coletar dados de usuários trafegando na rede.
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Além disso, a agência já identificou que esses aparelhos têm um poder de processamento superior ao do que é necessário para rodar as aplicações neles contidos.
A suspeita é que esses aparelhos se aproveitam da energia do consumidor para minerar criptomoedas de forma não consentida.
“A ideia é ter um relatório pronto até o final de agosto. Pretendemos colocar o material em consulta pública, aprimorá-lo, a fim de ter um documento oficial com as constatações de engenharia reversa desses aparelhos, feito por um órgão técnico e sem viés”, afirmou a Anatel.
A ideia é que o trabalho do grupo de trabalho seja um incentivo para que grandes lojas virtuais parem de comercializar esse tipo de equipamento.
Além disso, com o conhecimento adquirido, será possível facilitar a busca e apreensão desses produtos.
Recentemente, a Receita Federal e a Anatel anunciaram que apreenderam 17 mil equipamentos piratas.
O prejuízo para o mercado da TV Paga é estimado em mais de R$ 15 bilhões anuais.
Com informações de TeleSíntese.