Novo estudo global da Ericsson aponta que operadoras podem ter feito ‘promessas exageradas’ durante a implantação da nova tecnologia.
De acordo com um novo estudo realizado pela Ericsson, a maioria dos usuários do 5G em todo o mundo está insatisfeita com os serviços e aplicações oferecidas pela rede de nova geração.
A fabricante ressalta que, embora muitos usuários estão satisfeitos com a velocidade da rede, 70% deles não estão felizes com os produtos oferecidos com os novos planos móveis.
Em muitos mercados internacionais, as ofertas dos pacotes 5G não são muito diferentes do que já é oferecido no 4G, apesar de os usuários estarem dispostos a pagar entre 20% e 30% por planos com novos serviços.
A Ericsson acredita que a reação negativa está relacionada com as “promessas exageradas” feitas pelas operadoras durante o período de pré-lançamento do 5G.
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Conforme noticiado pelo Minha Operadora, na Coreia do Sul, por exemplo, primeiro país a ativar uma rede 5G comercial, os usuários não estão satisfeitos com a velocidade oferecida.
Outros motivos apontados pelo relatório da Ericsson são a performance consolidada do 4G, a falta de planos acessíveis ou falhas na cobertura em ambientes fechados (indoor).
Este último tende a ser uma crescente demanda mundial, uma vez que existem mais pessoas dentro de casa, por conta da pandemia da Covid-19.
Tanto é que a empresa sugere que o aumento do desempenho indoor é mais importante do que a velocidade da rede 5G.
O estudo também aponta que 20% dos usuários diminuíram o tempo passado conectado a redes Wi-Fi.
No relatório, a Ericsson também lista possíveis usos emergentes das redes 5G, como hot zones 5G, nuvem instantânea, cloud gaming, TV 5G, ensino imersivo, além de serviços de entretenimento automotivo.
Para realizar o relatório, a empresa conduziu pesquisas quantitativas e qualitativas em 26 países no final de 2020.
Na época, estima-se que 220 milhões de pessoas tinham acesso a rede de nova geração em todo o mundo.
A estimativa da Ericsson é que mais de 300 milhões de assinantes passem a utilizar a rede 5G em 2021.
Com informações de Teletime.