Números ficaram muito abaixo do que era almejado pelos analistas da Disney; público cansou das produções infanto-juvenis da plataforma?
Os dias de festa se foram para o Disney+, ao que tudo indica, o streaming começou a desacelerar fortemente na entrada de novos assinantes.
No último trimestre, por exemplo, a empresa recebeu apenas 8,7 milhões de novos clientes no serviço.
A expectativa dos analistas era de, pelo menos, encerrar o período com 109 milhões de consumidores, mas a plataforma ficou nos 103. Não é um número fraco, mas muito abaixo das expectativas.
Especialmente se levarmos em consideração que os parques da empresa estão fechados, além das redes de cinema estarem com capacidade reduzida por causa da COVID-19.
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Portanto, os lucros com bilheterias também estão baixos. Para reverter esse tipo de dano, por exemplo, a ‘empresa do Mickey’ lançou o ‘Premier Access’ no serviço.
Por ele, assinantes podem pagar para assistir filmes exclusivos do cinema em casa.
No geral, há uma queda de 44% na receita da Disney, um prejuízo de US$ 406 milhões ainda culminado pelos efeitos da pandemia.
Nos Estados Unidos, com a vacinação acelerada, há uma esperança de que as pessoas voltarão aos parques e cinemas em breve, mas ainda é um cenário incerto.
O sucesso inicial do Disney+, que ultrapassou 100 milhões em apenas 16 meses, um recorde, havia tranquilizado temporariamente a empresa.
Afinal, a consciência era de que eles já tinham um produto prestes a se tornar tão potente quanto a Netflix. Mas, é inegável que a ‘vermelhinha’, conhecida por ser a ‘pioneira’, virou um hábito mundo afora.
Isso sem mencionar a pluralidade de produções da Netflix, estratégia que conquista todo tipo de público e faz com que muitos nunca abandonem suas assinaturas.
Afinal, uma conta da empresa pode ser utilizada por todos os integrantes de uma família, a julgar pelos variados estilos de produções que carrega.
Com o Disney Plus é diferente, o serviço tem uma pegada familiar, com atrações sem muita censura ou conteúdo delicado.
A solução surgiu com o STAR+, mas a estratégia ainda é embaraçada. Aqui no Brasil e em vários outros países, o serviço será um streaming a parte, ou seja, todos terão que pagar mais para ter acesso às produções ‘adultas’ do estúdio.
Em algumas regiões, a novidade é uma aba sem custo extra no Disney Plus.
Já nos Estados Unidos, todos os títulos ‘adultos’ ainda são concentrados no Hulu.
Uma estratégia fragmentada para enfrentar serviços que chegam com catálogos gigantescos como HBO Max e a própria Netflix.
Com informações de UOL