20/11/2024

Streaming: número de cancelamentos cresce no mundo inteiro

A bolha parece ter estourado antes mesmo do previsto; excesso de serviços pode ter fragmentado um mercado promissor.

Ilustração: Bolha com serviços de streaming
Imagem: Pixabay

Uma informação é certa: todos os gigantes querem estar no mercado de streaming. Atualmente, parece ser o negócio mais promissor do momento para as empresas de entretenimento.

Mas, a bolha pode estar começando a estourar, segundo dados recentes. A partir do segundo semestre do ano passado, a taxa de cancelamento nas plataformas subiu de 15% para 20%.

As informações são do Video Churn Today: Trends, Changes and Outlook 2021″, da Interpret.

Ainda são dados pequenos, especialmente se o número de novas assinaturas for levado em consideração.

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Portanto, não significa que o aumento dessa taxa já é uma grande preocupação para gigantes como a Netflix. Mas, a lógica pode alarmar que o terreno para as empresas de streaming não está mais fértil como antes.

O mercado atual está abarrotado e tende a crescer ainda mais. Somente no Brasil podemos destacar Netflix, Amazon Prime Video, Globoplay, Paramount+, Disney+, Telecine Play e futuramente HBO Max e STAR+.

A lista é ainda maior. Isso significa que os clientes estão com cada vez mais opções, o que configura dois cenários: ou está muito caro ter todas essas assinaturas, ou cardápio variado movimenta rotatividade.

Sobre essa última questão, 13% dos entrevistados na pesquisa afirmaram manter assinaturas somente para assistir a um determinado conteúdo.

Após o fim da série, por exemplo, cancelam seus vínculos com a empresa de streaming em questão.

São dados que não significam necessariamente que as marcas precisam ficar em alerta, ou que o mercado não é mais tão fértil como foi ano passado, durante a pandemia.

Mas a realidade é uma só: ficou mais difícil consolidar uma forte base de assinantes. Com tantas opções, os consumidores estão cada vez mais exigentes com variedades e conteúdo.

Quem vai ganhar é a indústria audiovisual, já que o conteúdo valerá ouro para fidelizar assinantes. Mas, a pirataria também é uma grande vilã e não pode ser esquecida na equação.

Com informações de Ricardo Feltrin (UOL)

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