Policiais já prenderam 12 pessoas envolvidas no crime. Além de prejuízo para as empresas, o roubo de equipamentos provoca apagões no serviço móvel.
Nesta quinta-feira, 15 de junho, um empresário de 37 anos foi preso pela Polícia Civil por suspeita de participar de um grupo especializado em furto de baterias de torre de telefonia celular. O caso ocorreu em Presidente Prudente, no interior de São Paulo.
Até o momento, 12 pessoas já foram presas na Operação Shutdown, que investiga furtos de equipamentos de infraestrutura de telecomunicação. A primeira fase da operação ocorreu no dia 6 de julho, após ação policial em Presidente Prudente/SP, Regente Feijó/SP, Caiuá/SP, Presidente Epitácio/SP, Bataguassu/MS e Três Lagos/MS.
Segundo os policiais, o grupo criminoso já gerou prejuízos de cerca de R$ 1,2 milhão para as operadoras. As baterias são furtadas das torres para extrair e vender o chumbo nelas contidas.
A polícia afirma ainda que, como consequência desses roubos, várias cidades do DDD 18 tiveram queda do sinal móvel das operadoras de telefonia. Sem a rede, a população enfrenta problemas de comunicação, além de impedir que eles possam acionar serviços de emergência, como a polícia, bombeiros, hospitais, entre outros.
VEJA TAMBÉM:
–> Seis pessoas são indiciadas por roubo de baterias das operadoras
–> Três homens são presos roubando equipamento de torre de telefonia
–> Homem disfarçado de funcionário da Vivo é preso transportando drogas
A partir do levantamento de registros, já foram descobertos mais de 60 casos de furtos do tipo. A 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Divisão Especializada de Investigação Criminal (Deic) conseguiu identificar o grupo criminoso a partir de um roubo consumado de baterias na cidade de Pedrinhas Paulista/SP.
“Em contato com as empresas vítimas, foi cientificado que na base das torres são colocadas baterias estacionárias exatamente para, no caso de pane elétrica, existir o acionamento automático das baterias, como geradores ininterruptos de sinal. Contudo, com a ação dos delinquentes, as baterias estavam sendo subtraídas fazendo com que descobrissem a empreitada, na vistoria técnica de rotina ou apenas na falta completa do sinal, podendo motivar a demora da religação, por vezes, prejudicando toda comunidade”, explicou a Polícia Civil.
Os crimes contra as operadoras não se resume apenas às baterias. De acordo com a Conexis Brasil Digital, mais de 4,6 milhões de metros de cabos foram roubados ou furtados no ano passado, o que deixou 6,7 milhões de usuários sem acesso a serviços de telecom.
Com informações de G1.