Ministro alega que estampar o ‘5G’ na tela do celular pode confundir consumidores.
O Ministério das Comunicações (MCom) pretende acionar o Ministério da Justiça para obrigar as operadoras a não exibirem o ícone do “5G” enquanto os usuários estão conectados em redes 5G DSS.
A ideia do ministro das comunicações, Fábio Faria, é fazer cumprir o ofício enviado em maio passado para as operadoras de telefonia, pedindo a retirada da indicação da rede de quinta geração.
Faria alega que estampar neste momento o “5G” na tela dos smartphones pode confundir os usuários, sendo que o leilão de frequências para a rede de nova geração ainda não foi realizado.
Ele argumenta que o ícone pode gerar insatisfação da população, pelas redes DSS não disporem dos mesmos benefícios que as futuras redes 5G vão ofertar aos usuários.
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Quanto às redes 5G DSS atualmente ativas no país – a partir do compartilhamento de frequências com o 4G -, ele classifica a tecnologia apenas como um teste, dizendo que elas são apenas um “4G plus” ou “4G ampliado”.
Para o ministro, o verdadeiro 5G só estará disponível a partir do leilão de frequências – ainda sem data para ocorrer -, e com a implantação das redes do tipo “standalone” (sem reutilizar a infraestrutura do 4G), o que ele considera como um “5G puro”.
Faria promete que todas as capitais brasileiras contarão com este 5G standalone até julho de 2022.
Vale lembrar que a exibição do ícone de rede é regida por padrões técnicos internacionais.
Segundo as definições da 3GPP, os smartphones conectados às redes 5G DSS podem exibir o ícone do 5G.
Com informações de Valor Econômico.