Empresa teve uma evasão de quase meio milhão de assinantes nos Estados Unidos e Canadá, que representam seus maiores mercados.
Se o ano de 2020 foi todo da Netflix, que cresceu assustadoramente, o sucesso não parece se repetir. Ao que tudo indica, 2021 será um ano mais ‘pé no chão’ para a empresa, que já lida com uma quebra de expectativas por parte de analistas e investidores.
Nos Estados Unidos e no Canadá, que representam os maiores mercados da companhia, o serviço perdeu aproximadamente 430 mil assinantes. As previsões para o segundo semestre do ano também estão abaixo do que os investidores esperavam, mas mostram que a marca está mais realista em relação aos seus resultados.
Afinal, o grande impulso no crescimento abrupto do serviço se deu em função do isolamento social, coordenado para conter a pandemia da COVID-19. Agora, com a vacinação em massa, alguns países preparam uma reabertura econômica e começaram a flexibilizar as medidas restritivas. Os números da empresa respondem diretamente a isso.
Óbvio que a concorrência também deve ser um fator a considerar. O consumidor atual possui muitas opções e busca ter assinaturas apenas quando conteúdos que lhe interessam são lançados. Mas aqui entram em jogo diferentes ações das empresas para ‘fidelizar’ seus clientes.
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No caso da Netflix, o alto escalão da companhia, liderado pelo executivo Reed Hastings, nega sofrer impacto da concorrência. O Disney+, serviço mais próximo da ‘pioneira do streaming’, tem mais de 70 milhões a menos de assinantes, ou seja, precisava caminhar expressivamente para superar sua maior concorrente.
Ao desempenho abaixo do esperado, a Netflix atribui ao período mais ‘leve’ de lançamentos, com a ausência dos grandes ‘hits’ da empresa. Séries de sucesso como “Sex Education”, “The Witcher”, “Stranger Things”, “YOU” e outras ficaram para o segundo semestre ou 2022, por conta dos protocolos contra a COVID-19, que dificultaram gravações.
Isso significa que a Netflix segue confiante em seus futuros lançamentos, mas fez previsões mais ‘discretas’ e ‘pé no chão’ para surpreender futuramente. Será que vai dar certo? O tempo dirá.
Com informações de Folha de S.Paulo