Ministro das Comunicações explica que a implantação da nova tecnologia vai gerar novas fontes de receitas para as teles.
De acordo com o ministro das Comunicações (MCom), Fábio Faria, a implantação do 5G no Brasil vai gerar novas fontes de receitas para as operadoras de telefonia. Ele afirma que o foco sairá do consumidor e vai para empresas e indústrias, como o agronegócio, por exemplo.
A afirmação foi feita durante participação do ministro em um podcast nesta segunda-feira, 19 de julho (vídeo na íntegra no final da matéria). Durante a entrevista, ele comentou de diferentes assuntos – não apenas sobre comunicações – desde a entrada dele no MCom, passando pelo combate à pandemia e até a polarização na política.
Questionado sobre o modelo de negócio adotado pelas operadoras na implantação da nova tecnologia – diante do investimento de mais de R$ 40 bilhões, Faria lembrou que o 4G foi pensado nos usuários finais e que o 5G será mais voltado para as empresas. Ele exemplificou que menos de 30% do agronegócio é conectado, mas que a implantação da rede de nova geração vai mudar essa realidade.
Faria afirmou que as empresas do agronegócio vão contratar as operadoras para a oferta de conectividade 5G. A ideia é que 100% do setor esteja conectado, prometeu.
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“Eles [as operadoras] vão ganhar muito dinheiro. Eles vão para os portos, para os aeroportos. Os bancos vão fazer redes privativas. Vai mudando a fonte. Você sai do nicho da pessoa e vai para empresa e para a indústria”, explicou o ministro.
Durante a entrevista, o ministro chegou a chamar as redes 5G DSS como um “5G fake”. Ele comparou a tecnologia a um carro da marca Ferrari andando em uma via de paralelepípedo e cheio de lombadas. “O leilão vai oferecer a via [as frequências]”, disse.
Ele também afastou a possibilidade de outras empresas internacionais participarem do leilão, uma vez que elas não têm infraestrutura para o 3G ou 4G. “Eles não vão conseguir clientes, pois não tem cobertura… a não ser que eles comprem uma tele”, justificou.
Segundo Faria, apenas as operadoras Claro, Vivo e TIM, além de pequenos provedores, devem participar da licitação de frequências. Com a frequência de 3,5 GHz, várias empresas regionais devem participar do leilão, explicou.
O vídeo da entrevista do ministro Fábio Faria pode ser visto na íntegra abaixo.