Operadora pretende crescer no serviço de internet por fibra, concluir a venda de ativos e atingir receita de até R$ 15,5 bilhões até 2024.
A depender do desempenho das ações da Oi (OIBR3/OIBR4) na Bolsa de Valores desta segunda-feira, 19 de julho, o novo plano estratégico da companhia não animou os investidores. Os papéis ordinários recuaram 8,13%, sendo cotados a R$ 1,47, e os preferenciais caíram 4,91%, a R$ 2,13%.
A apresentação do novo plano para o triênio 2021-2024 ocorreu por meio de teleconferência, que, ironicamente, apresentou vários problemas de conexão. Nela, Rodrigo Abreu, CEO da operadora, relembrou as conquistas da empresa nos últimos anos, e traçou o caminho que a batizada “Nova Oi” deverá seguir nos próximos anos.
O destaque fica para o serviço de banda larga por fibra óptica, agora o principal carro-chefe da companhia. A ideia é que o Oi Fibra passe dos atuais 2,5 milhões para 8,1 milhões de clientes até o final de 2024.
Para isso, a empresa pretende focar na oferta do serviço de ultra banda larga e disputar mercado com pequenos provedores. Nessa estratégia, a empresa pretende focar 100% no cliente, uma vez que a infraestrutura será gerida pela InfraCo, a nova empresa de fibra que foi adquirida pelo Grupo BTG.
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No financeiro, a Oi espera alcançar uma receita líquida entre R$ 14,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, até 2024, após a conclusão da venda de ativos pendentes. Já o lucro EBTIDA deverá alcançar entre R$ 1,9 bilhão a R$ 2,3 bilhões.
Porém, todo esse otimismo não foi suficiente para gerar uma reação positiva na bolsa. A empresa ainda aguarda a aprovação da venda da Oi Móvel para o consórcio formado entre Vivo, Claro e TIM. Além disso, a empresa terá que executar um grande plano de reestruturação do negócio e enfrentar a forte concorrência dos pequenos provedores.
Vale lembrar que a receita da Oi alcançou R$ 18,8 bilhões no ano passado. Porém, esse resultado foi alcançado com a venda de ativos, dentro do plano de recuperação judicial da companhia.
Com informações de Money Times.