Anatel já está avaliando o pedido de licença para operação da empresa de Elon Musk no país.
A Starlink ainda nem começou a operar no Brasil e já está gerando preocupação entre os militares do país. A empresa de Elon Musk oferece acesso à internet de alta velocidade via satélite e se prepara para lançar o serviço comercial em todo o mundo.
A empresa do famoso bilionário já entrou com um pedido junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para começar a operar no Brasil. O mesmo movimento foi feito por redes rivais, como a Kepler, OneWeb, Swarm e Lightspeed. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Porém, se depender dos militares, a aprovação dessas constelações pode não ser tão simples assim. O motivo é a preocupação de possíveis interferências dessas grandes constelações nos outros satélites mais afastados da Terra, localizados em média órbita e geoestacionários.
Um exemplo é o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), da Telebras. Cerca de 70% da capacidade do equipamento é utilizado nas comunicações militares no Brasil, o que poderia impactar na segurança nacional.
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A Anatel, assim como o Ministério das Comunicações, é favorável ao avanço da tecnologia, mas também demonstram preocupação quanto à proliferação de satélites em órbita baixa e as possíveis interferências nas comunicações do país. Recentemente, a Anatel abriu um diálogo formal com a Agência Espacial Brasileira (AEB) para debater essas novas constelações de satélites.
Do lado da AEB, a preocupação está em torno dos riscos de colisões com foguetes lançados a partir da Base de Alcântara, no estado do Maranhão, choque entre satélites em órbita, assim como o aumento do lixo espacial.
“Saliento que as novas constelações de satélites de baixa órbita podem trazer inúmeros benefícios, mas também, estão envoltas em riscos, que devem ter sua governança reforçada para que possam prosperar as oportunidades para o Setor Espacial brasileiro. Dessa forma é importante avançar no diálogo sobre o uso pacífico do Espaço Exterior contemplando inclusive as discussões sobre a sustentabilidade de longo prazo de determinadas atividades, vis-à-vis a expectativa da operação de grandes constelações de satélites de comunicação”, afirmou Leonardo Euler, presidente da Anatel.
Com informações de Folha de São Paulo.