No Painel Telebrasil realizado hoje (21), Pietro Labriola, CEO da TIM, elogiou o edital 5G e disse que o 4G não vai acabar.
No encontro online do Painel Telebrasil realizado hoje (21), Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil, defendeu a revisão legal de neutralidade da rede pelo 5G e disse que as regras para a tecnologia não devem olhar para o passado.
Segundo ele, a neutralidade afeta a expectativa da sociedade sobre a nova rede, interferindo assim na sua funcionalidade.
“A neutralidade de rede não atende a expectativa da sociedade sobre o 5G. Não permite a oferta das funcionalidades do 5G. O novo mundo será de serviços especializados que precisam de recursos definidos, como o ‘fatiamento da rede'(network slicing) com entrega 100% garantida. As regras não podem ser feitas pensando no passado. O futuro muda a cada ano”, sustentou Labriola.
O CEO também argumentou que a redução das regras vai garantir uma simetria regulatória com as OTTs, um serviço de mídia que faz a distribuição de conteúdos pela internet.
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Pietro assinalou que as operadoras têm regras a cumprir, e que se o cliente não estiver satisfeito, pode ir à Anatel. No entanto, as OTTs não têm essas regras, onde não há qualquer tipo de atendimento ao cliente.
Em outras palavras, o CEO quer que as regras para a rede 5G sejam menores para ficarem parecidas com as regras das OTTs.
O CEO elogiou o modelo do edital 5G e que os efeitos da nova tecnologia só serão vistos nos próximos anos, lembrando que o 4G não vai ser extinto, muito pelo contrário, o 4G vai contribuir para o avanço da digitalização no Brasil.
“A experiência do diálogo é crucial para termos um 5G. A polarização não ajuda. O 5G não vai trazer retorno imediato às operadoras, não vai mudar a vida das operadoras, mas permitirá ao Brasil ter uma plataforma efetiva para as empresas e as startups possam desenvolver seus novos modelos de negócios”, frisou o executivo.