25/12/2024

Google e Apple são acusadas de “censura” por líder político russo

Movimento do líder político detido Alexei Navalny acusou Google e Apple de cederem às vontades do governo russo de Vladimir Putin.

aplicativo navalny removido pela google e apple

Após o Google e a Apple retirarem de suas lojas nesta sexta-feira (17) o aplicativo ligado ao líder político Alexei Navalny, que está detido em uma cadeia de segurança máxima, as empresas foram acusadas de “censura” pelo movimento do líder.

Em uma mensagem publicada no Telegram, a equipe de Navalny declarou que

“Temos todo o Estado russo contra nós e inclusive as grandes empresas tecnológicas, mas isso não significa que vamos ceder”.

Alexei Navalny acusou a Google e a Apple de ceder às vontades do governo russo, depois que o Kremlin acusou as duas empresas de tecnologia de se intrometerem em assuntos internos da Rússia.

O aplicativo ligado ao líder político Alexei Navalny era um serviço para ajudar a registrar os votos contra o presidente Vladimir Putin nas eleições parlamentares que começaram nesta sexta e seguem até amanhã (domingo).

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O desaparecimento do aplicativo logo após o início da votação ocorreu depois que autoridades ameaçaram processar funcionários locais das empresas. Uma pressão promovida pelo Kremlin para controlar a internet no país, onde até nomearam publicamente quem seriam os processados.

Como resposta, Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que as duas empresas de tecnologias apenas aderiram à lei Russa. “Este aplicativo é ilegal no nosso país”.

Quanto a Google e a Apple, uma fonte não identificada declarou que a Apple retirou o aplicativo após as “ameaças de detenção” contra seus funcionários na Rússia.

Algumas horas após, o Google informou que retirou o aplicativo por causa da “coação extraordinária” do governo russo.

A empresa recebeu “sérias ameaças de represálias legais e penas de prisão para funcionários locais”, segundo uma fonte próxima ao caso.

Vale ressaltar que a Rússia reiterou recentemente as advertências de empresas tecnológicas que se recusarem a retirar conteúdos que são considerados ilegais no país, assim como do movimento Navalny.

Com informações de Bol.uol.com

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