Empresas de mídia reclamam na Justiça que redes privadas impedem o rastreio de usuários que consomem conteúdos ilegais.
Um grupo de estúdios de cinema independente dos Estados Unidos entrou na Justiça contra quatro serviços de redes privadas VPN para que eles bloqueiem sites piratas e passem a monitorar dados de usuários que consomem conteúdos ilegais. A iniciativa é mais um capítulo na luta das empresas de mídia contra a pirataria.
Os cineastas afirmam que os serviços VPN podem contornar os esforços de bloqueio e outras medidas restritivas contra usuários que acessam conteúdos piratas. Além disso, a reclamação judicial lembra que os serviços de rede privada também contornam as restrições geográficas de plataformas de streaming, como é o caso da Netflix.
Na ação, as empresas de mídia afirmam ainda que alguns serviços de VPN promovem o fato de que os usuários podem baixar ou assistir conteúdos protegidos por direitos autorais sem serem pegos. Inclusive, algumas VPNs “fazem parcerias” com sites de pirataria para promover seus serviços.
A lista de irregularidades continua, afirmando que usuários tem utilizado serviços VPN como uma espécie de “escudo de privacidade”, para compartilhar arquivos pirateados via torrent e fazer comentários na internet de cunho racista, pornografia infantil e até mesmo de assassinato.
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Os autores do processo dizem que milhares de notificações de violação de direitos autorais são encaminhadas para os provedores, mas as empresas não podem fazer nada, pois não é possível vincular diretamente o endereço IP a um usuário de uma rede privada.
Com base nessas e em outras reivindicações, os cineastas argumentam que os serviços VPN são responsáveis por violação de direitos autorais direta e indiretamente. Por meio dessa ação, eles pedem o pagamento de multa pelos danos alegados e que as empresas de rede privada encerrem as contas de assinantes que foram notificados por violação de direitos autorais.
Até o momento, os serviços VPN ainda não emitiram respostas oficiais. Eles também não apresentaram documentos à Justiça.
Com informações de TorrentFreak.