Mesmo com vários obstáculos e adversários, operadora carioca deve conseguir concretizar a operação que colocará R$ 16,5 bilhões em seus cofres.
Um olhar interno, nos bastidores, destaca que a venda da Oi Móvel começou a destravar nos tramites governamentais. A operação que movimenta R$ 16,5 bilhões e une as concorrentes Claro, TIM e Vivo em um consórcio pela operadora foi definida em dezembro, mas travou na parte da aprovação. A decisão ainda cabe ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Agora, tudo indica que o negócio começará a andar, para alívio da própria Oi, que já tem a necessidade de ter acesso ao retorno financeiro que a venda trará. Afinal, todo o investimento obtido com a venda de suas unidades será aplicado para quitação de dívidas e continuidade do investimento em fibra óptica, carro-chefe da empresa na atualidade.
Em setembro, a companhia conseguiu a anuência prévia para a concretização da venda por parte da área técnica da Anatel. As várias manifestações de concentração de mercado serão remediadas, com seja, terão compensações.
Na prática, o documento que ainda precisa passar pela validação da Procuradoria Federal Especializada e o Conselho Diretor da Anatel tem poucas críticas ao fatiamento da Oi Móvel. O que significa que a operação deve ter um caminho livre, com poucas considerações a respeito.
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Uma outra consideração do documento foi a economia bilionária que Vivo, TIM e Claro terão com a absorção dos clientes da Oi, assim como os equipamentos e radiofrequências que serão obtidos. Fato que pode contribuir no nivelamento de preços dos serviços e afastar o principal temor com relação a uma concentração.
Portanto, as operadoras terão que assumir compromissos para conseguirem seguir em frente com a compra. Tudo indica que não será necessário que elas vendam ativos entre outras medidas mais “radicais”.
Haverá também uma diretriz pela oferta justa, isonômica e não discriminatória de redes para pequenas e médias operadoras. Isso significa que o mercado das MVNOs poderá ficar ainda mais aquecido.
Com informações de Estadão